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Estado de Minas CINEMA

Abandonada pela sorte, Selminha volta para a pobreza em "Tô ryca 2"

Sequência da comédia estrelada por Samantha Schmütz estreia nesta quinta-feira (3/2) nos cinemas


03/02/2022 04:00 - atualizado 03/02/2022 14:44

De top e calça colada, Selminha faz cara de desespero em cena de tô ryca 2
Samantha Schmütz volta a viver a frentista que ganhou inesperadamente uma herança milionária, no longa dirigido por Pedro Antônio, filho do cineasta mineiro Paulo Thiago (foto: Downtown/Paris/Divulgação )
Seis anos atrás, em “Tô ryca”, a vida da frentista Selminha mudou para melhor. Ela, que praticamente vendia o almoço para pagar o jantar, herdou uma fortuna e tirou o pé da lama, da noite para o dia. A sorte da personagem saiu da tela e virou realidade para o diretor Pedro Antônio. 

“Foi a minha primeira direção de um longa, me colocou no mercado, me fez conhecer amigos que tenho até hoje. Devo muito ao filme”, disse, na última terça-feira (1º/2), durante entrevista coletiva on-line sobre o lançamento da sequência do filme, “Tô ryca 2”, que chega nesta quinta-feira (3/2) aos cinemas das redes Cineart, Cinemark, Cinépolis e Cinesercla, em Belo Horizonte. 

Estrela do longa, a atriz Samantha Schmütz comenta sobre o impacto do papel em sua carreira. “O sucesso dele me abriu possibilidades para outros filmes como protagonista. Deu certo uma vez, vem dando certo”, diz ela.

A continuação da história de Selminha a coloca no olho do furacão, quando surge uma mulher  homônima à frentista (Evelyn Castro), dizendo ser a verdadeira dona da herança. O caso vai parar no tribunal. De pés e mãos atados, Selminha não tem a quem recorrer.  Nem mesmo ao teste de DNA, já que o tio, dono da fortuna, foi cremado. 

REVÉS 

Ela então perde tudo, volta para a miséria e arrasta com ela a amiga Luane (Katiuscia Canoro), a quem tinha prometido presentear com o casamento dos sonhos com Nico (Anderson Di Rizzi). Tudo vai para as cucuias.

Pedro disse ter tido medo de voltar ao set para dar continuidade a uma história que deu muito certo. “Ao mesmo tempo, foi gratificante fazer o 2. Foi uma realização muito boa”, comenta. O reencontro de Katiuscia Canoro com Luane também provocou certo temor na atriz.

“Nunca parei de fazer uma personagem e depois de um tempão fui reencontrá-la. Mas foi tão completo o pacote, com texto bem-escrito pelo Fil (Braz), cheio de questões que precisam cada vez mais serem mostradas; um diretor que, além de ser um amigo querido, sabe o que quer e tem domínio do que faz; e a parceria do elenco, que também domina aquilo que, no final, não doeu nada”, afirma.  

O diretor afirma que a sequência foi motivada pelo interesse em continuar contando a história das personagens. “Tínhamos o que dizer, o que contar. Nossa preocupação era não perder o espírito de comédia, de entretenimento. Mantivemos muito do espírito do filme 1, para que tivesse equilíbrio e lógica.”  

Samantha assinala que o sucesso do primeiro filme deu à equipe confiança para apostar na sequência. “As audiências são boas. Na Netflix, o ‘Tô ryca’ ficou quase uma semana no top 10. É um produto que a galera sabe que deu certo.”

"O sucesso dele (o primeiro filme) me abriu possibilidades para outros filmes como protagonista. Deu certo uma vez, vem dando certo"

Samantha Schmütz, atriz



A atriz aponta que “a gargalhada é garantida”, mas diz que o longa tenta abarcar um lado de crítica social atrelada ao cotidiano do país. Em ano eleitoral, ela aproveita para dar o seu recado: “Tem que haver interesse em eleger políticos que tenham vontade de fazer, que não tenham histórico de corrupção. Tem gente com muita vontade. Temos que fortalecer essas pessoas na hora de votar. Votar em quem vai fazer a diferença”.

PROJETOS

Entre seus projetos para este ano, Samantha conta que gravará mais uma temporada do “Vai que cola”. “Depois das gravações, como sempre faço, vou para Los Angeles estudar, me desafiar.” Nesse aspecto, a atriz tem muito de sua personagem. “Sou determinada, esforçada, sonhadora. A Selminha também.”  

Filho do cineasta mineiro Paulo Thiago (1945-2021) e da produtora Gláucia Camargos, Pedro não esconde seu amor por Minas Gerais, pela produção artística e cultural do estado. Cita o cinema de Helvécio Ratton e a literatura de Carlos Drummond de Andrade como referências que marcaram sua infância. É do Clube da Esquina e pensa um dia filmar em Minas, assim como o pai, que fez de cidades mineiras cenários de seus filmes. O sonho quase foi concretizado com um filme que seria rodado em Ouro Preto. 

Ainda neste ano, Pedro deve lançar o longa “Fazendo meu filme”, baseado no livro da escritora Paula Pimenta. “O filme está em fase de finalização. Foi um prazer trabalhar com ela. Ela foi muito generosa, se abrindo às minhas ideias, e eu fui entendendo como ela queria o livro transplantado para a tela. Foi surpreendentemente bom”, diz.

O diretor e Katiuscia se emocionaram quando o assunto foi “A vila”, série do Multishow que tinha no elenco a atriz e Paulo Gustavo (1978-2021), e ganhou duas temporadas com a assinatura de Pedro Antônio.  “Sem o Paulo não tem sentido. Era projeto dele. A Violeta (personagem de Katiuscia) sem o Rick (personagem de Paulo Gustavo) não existe”, resumiu a atriz, emocionada.  “Seremos sempre órfãos de Paulo Gustavo”, lamentou Pedro. “Não tem como continuar”,  disse ele sobre a importância de Paulo Gustavo, que morreu vítima da COVID-19.


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