Neil Young pediu aos funcionários do Spotify, que ele acusa de espalhar desinformação, que deixem a empresa "antes que ela coma suas almas".
Young vem liderando um boicote à gigante do streaming há semanas depois de ter exigido que a plataforma escolhesse entre ele e o polêmico podcaster Joe Rogan.
Leia Mais
Indicados ao Oscar 2022: saiba onde assistir a todos os filmes"Ataque dos cães" concorre em 12 categorias do Oscar. Conheça os indicadosSemana de 22 é tema do Festival de Verão da UFMG, que começa amanhã (9)"Som na faixa" é ótima minissérie sobre os méritos e os podres do Spotify Spotify é o 'inimigo íntimo' do qual os músicos não conseguem se livrarSpotify remove programas de Joe Rogan por conteúdo racistaRogan tem sido criticado por várias de suas opiniões, inclusive por desencorajar a vacinação contra a covid-19 entre os jovens.
Em sua última mensagem postada em seu site, Young, de 76 anos, disse aos funcionários do Spotify que o diretor executivo da empresa sueca, Daniel Ek, "é o seu grande problema, não Joe Rogan. Ek puxa as cordas".
"Saiam desse lugar antes que ele coma sua alma. Os únicos objetivos declarados de Ek são números, não arte, não criatividade", escreveu o artista de "Heart of Gold" em seu site.
Young também pediu a músicos e criadores que "encontrem um lugar melhor do que o Spotify para hospedar sua arte".
Até agora, Joni Mitchell, juntamente com os ex-colegas de banda de Young, David Crosby, Stephen Stills e Graham Nash, seguiram o exemplo de Young e deixaram o Spotify.
A cantora India Arie também removeu suas músicas da plataforma, citando a "linguagem racial" de Rogan.
Daniel Ek, por sua vez, condenou o uso de insultos racistas por Rogan, mas insistiu que "não acredita" que "silenciar Joe seja a resposta".
A empresa tem um contrato exclusivo de US$ 100 milhões por vários anos com o podcaster.
O Spotify disse que incluirá publicidade em qualquer episódio de podcast que fale sobre a COVID-19.
Young também pediu a seus colegas da geração pós-guerra que retirem seu dinheiro dos bancos americanos Chase, Citi, Bank of America e Wells Fargo por seus "danos contínuos" ao meio ambiente por seu financiamento de combustíveis fósseis "mesmo quando a temperatura global continua a subir".