Quanto vale uma ideia? No caso do reality “Ideias à venda”, que estará disponível no catálogo da Netflix a partir desta quarta-feira (9/2), R$ 200 mil no bolso e visibilidade capaz de atravessar os horizontes da telinha.
“O prêmio é um grande passo na vida das pessoas. E aqueles que não ganharem terão a chance de ter como vitrine o streaming. Imagina se um investidor resolve investir nessas ideias?”, afirma a apresentadora Eliana, que, depois de 32 anos na televisão aberta, faz sua estreia no streaming.
FORMATO DIFERENTE
O formato do programa é inédito. Em seis episódios, quatro empreendedores têm que defender suas ideias e convencer os jurados – a empreendedora social Luana Génot e convidados –, além da plateia e dos próprios oponentes de que sua proposta é a melhor e, por isso, merece levar o prêmio.A decisão final ficará literalmente nas mãos dos dois finalistas, que precisarão contar com a sorte ao puxar uma alavanca, que vai decidir o tudo ou nada.
Luisa Mell, Camila Coutinho e Leo Picon são jurados convidados, respectivamente, dos três primeiros episódios, que abordam temas como mundo pet, beleza, bem-estar e utilidades. Mariana Rios, Enzo Celulari e Carole Crema são os jurados dos outros três episódios.
O programa foi gravado entre maio e junho do ano passado seguindo protocolos de segurança contra a COVID-19, o que, além de máscaras e álcool em gel, incluiu cenário com acrílico e distanciamento na plateia.
Na coletiva virtual, Eliana disse que, no palco, colocou-se como consumidora. Em alguns episódios, experimentou as ideias dos empreendedores, como petisco de cachorro, secador de cabelo e creme para a pele.
“Existiu uma troca. A Luana (Génot), que é especialista, dava dicas para aquelas pessoas. Eu (atuei) como comunicadora, empresária e consumidora. Foi muito bacana essa união para ajudá-los. Ninguém foi ali colocar defeito no produto de ninguém. Inclusive, até no momento em que os empreendedores se confrontam eles têm respeito à ideia do próximo. Na hora de analisar o produto do colega, eles tinham a consciência da batalha de cada um que estava ali. Respeitar o próximo é o que devemos fazer na vida”, acredita.
Quando o convite chegou a Eliana, o projeto e o conteúdo já estavam prontos. Interessava a ela contar também a história dos participantes. “Para mim, é importante saber quem são as pessoas que criaram esses produtos, por que criaram e qual é a motivação delas.”
A apresentadora conhece bem as dificuldades de empreender. Muito antes de o empreendedorismo virar moda, ela já buscava transformar uma ideia em algo capaz de solucionar problemas ou melhorar a vida das pessoas.
“Desde o momento em que fazia o meu licenciamento para as crianças me preocupei com a marca, em como ia comunicar ao público um produto bom e de qualidade. Sempre me preocupei com tudo, do zero. É assim desde os meus 16 anos. E agora falando com as mulheres, com licenciamento dos perfumes, tenho a mesma preocupação de levar a qualidade permeia meu trabalho”.
Por 10 anos, Eliana foi dona da editora Master Books, que lançou os livros “Elis Regina – Nada será como antes” e “Milton Nascimento: Letras, histórias e canções”.
“Sempre procurei empreender com a identidade das coisas de que gostava. Que vá além do comercial, que toque o coração das pessoas, que transmita mensagens boas e positivas”.
Entusiasmada com “Ideias à venda”, ela diz que o programa é “um baita presente”. Há 32 anos na televisão e atualmente comandando programa dominical às 15h, no SBT/Alterosa, essa pode ser uma possibilidade de ampliar seu público
“Quem assiste à TV aberta assiste ao streaming. E algumas pessoas que não assistem à TV aberta poderão conhecer meu trabalho na TV aberta. Mais que isso, é bom saber que o programa será lançado em 190 países. Poderemos mostrar a nossa cultura ao mundo, como a gente pensa ao empreender”, comenta. “O programa tem linguagem acessível. É um marco importante na minha carreira como comunicadora”.
SEM GRAVATA
Eliana diz que “Ideias à venda” desmistifica a ideia de que empreendedorismo remete a executivos engravatados. “Temos muitas dificuldades, mas o brasileiro é muito persistente, muito criativo e tem poder de persuasão muito forte”, comenta.Para a apresentadora, o fundamental, hoje, é entender a atividade de forma consciente. “As empresas não têm como fugir da inclusão social, dos cuidados com o meio ambiente, de não testar produtos em animais. Esse empreendedorismo trabalhado com a verdade é o empreendedorismo em que acredito”, conclui.