Jornal Estado de Minas

VÍDEO

Coordenador do FIQ faz palestra sobre a relação entre literatura e HQ


Quando pensamos em quadrinhos, vêm à mente os gibis da Turma da Mônica na infância. Ou, então, histórias em quadrinhos dos super-heróis que hoje tomam conta da cultura pop em filmes e séries. Em 2019, o clássico “O alienista”, de Machado de Assis, ganhou versão HQ.





Histórias em quadrinhos podem ser literatura? Ou são um gênero por si só? Esse é o tema da palestra que Afonso Andrade vai fazer, nesta quinta-feira (10/2), em vídeo que a Academia Mineira de Letras (AML) disponibilizará a partir das 11h, em seu canal no YouTube.

PESQUISAS

Historiador e gestor cultural, Afonso Andrade lembra que essa discussão entrou em voga quando os quadrinhos passaram a ser alvo de pesquisas acadêmicas. Ele ressalta que se tornou comum o uso de HQs nas salas de aula como ferramenta pedagógica.

Há crescente presença das HQs nas bibliotecas escolares, diz. “Na minha infância, não havia quadrinhos na escola como hoje”, conta. “Na maioria das vezes, as HQs que ali estão são infantis ou adaptações das obras literárias de José de Alencar, Machado de Assis e Lima Barreto, por exemplo. Só que existe uma gama de quadrinhos que vai muito além disso”, ele garante.





De acordo com o historiador, quadrinhos podem ser úteis em diversas áreas da educação, facilitando a abordagem de temas sobre política, economia e jornalismo, entre outras atividades.

Afonso adianta que sua palestra é uma introdução à discussão sobre os quadrinhos como gênero literário. “Fica a dica para quem assistir: apesar de não ser ao vivo, interessados em comentar o vídeo ou estender a discussão podem me procurar por meio das redes sociais.”

Graduado em história pela Universidade Federal de Minas Gerais, Afonso Andrade trabalha no setor de coleções especiais da Biblioteca Pública de Minas Gerais e é coordenador do Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte (FIQ).

* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria