Após lançar seis singles-clipes, a Taboo chega finalmente ao seu primeiro disco cheio, já disponível nas plataformas digitais. Com 12 faixas autorais, o álbum que leva o nome do grupo é independente, distribuído pela Tratore e traz como convidado especial o guitarrista Doca Rolim (Skank), na faixa “Manhã”. Formada em Montes Claros, no Norte de Minas, a banda é composta pelos músicos Lucas Nobre (guitarra e voz), Matheus Leite (bateria), Michelle Marques (guitarra) e Max Dias (baixo).
O trabalho homônimo da Taboo vem na sequência do EP “Valência” e amadurece a personalidade do grupo, ao misturar elementos do rock com a identidade musical brasileira e mineira, sempre entre uma visão mais progressiva e experimental e viés pop e moderno. Matheus conta que o trabalho foi antecipado por uma sequência de singles-clipes, nos quais a banda pode mostrar toda a sua versatilidade.
Ele explica que “Manhã” trouxe uma reflexão sobre as incertezas da vida. “Agosto” celebrou a cultura do congado, tão presente em Montes Claros. “Casa” dialogou com a solidão compartilhada por tantos durante a pandemia, unindo os fãs em um clipe colaborativo. “Descalço” convida a um contato mais próximo com o que nos cerca. “Meia-vida” discutiu privilégios e a invisibilidade social e “Sol do Sertão” fez uma ponte entre rock psicodélico, o baião e ijexá.
Matheus conta que “Taboo” é um projeto que a banda está muito orgulhosa de poder lançá-lo. “Sonhamos com isso há muito tempo. Começamos a gravar esse álbum em 2019, mas aí veio a pandemia e bagunçou a vida de todos da banda, tanto pessoalmente quanto profissionalmente.”
COLETIVO
O baterista ressalta que o disco foi viabilizado por meio de um financiamento coletivo. “E foi muito bem-sucedido, pois ultrapassou, em muito, a primeira meta. A galera comprou mesmo a ideia. O álbum traz músicas que misturam o rock, o indie-rock, o rock alternativo e até mesmo o rock psicodélico, com ritmos brasileiros, como a MPB, baião e ixejá.” O músico ainda revela que foram acrescentados também alguns ritmos regionais do Norte de Minas. “Das nossas raízes, vamos assim dizer”, declara.
Matheus conta que foi feita uma tiragem do CD físico, até mesmo por conta do financiamento coletivo: “Muita gente comprou antecipadamente o CD, que era uma das recompensas”. Ele garante que é perceptível a diferença estética do EP “Valência”, lançado anteriormente, para o disco atual. “Enquanto, no primeiro, utilizamos elementos do indie/rock/alternativo, no segundo, incluímos diversos ritmos brasileiros e regionais, além do progressivo e do pop. O trabalho também tem a presença mais forte de outros instrumentos, além das guitarras, baixo e bateria.”
O músico lembra que, embora o disco tenha sido produzido entre 2019/2020, o embrião de “Taboo” surgiu já há alguns anos. Matheus revela que “Meia-vida” é uma das primeiras músicas da banda. “Ela foi lançada em um EP gravado ao vivo, em 2017, antes mesmo da entrada de Michelle na banda.” O baterista ressalta que o disco marca o reencontro com o produtor Leonardo Marques, que também comandou a produção do EP “Valência”.
Além dos integrantes da banda, participaram do disco Doca Rolim, na balada folk “Manhã”. Já a canção “Girá”, que tem um dos arranjos mais complexos do trabalho, teve percussões, naipe de metais e vozes de Carol Boaventura, Maria Clara Leite e Ísis da Mata (primeira tecladista do grupo). “Nós” é uma composição do ex-baixista John Longuinhos que fala sobre a própria Taboo, entre referências de várias fases da banda e conta também com a participação de Leonardo Marques (guitarra).
TURNÊ
Matheus diz que a ideia da banda agora é fazer uma turnê de lançamento do disco. “Por enquanto, estamos apenas planejando e será a partir de abril ou maio. Faremos, inicialmente, um show de lançamento em Montes Claros e depois partiremos para outras cidades. Pretendemos também ir para outras regiões do país.”
“TABOO”
Banda Taboo
12 faixas
Disponível nas plataformas digitais