Depois de ficar dois anos longe dos holofotes, a banda mineira Eminence vai se apresentar no Rock in Rio, em 2 de setembro. Formado por Bruno Paraguay (voz), Alan Wallace (guitarra), Davidson Mainart (baixo) e Alexandre Oliveira (bateria), o grupo é atração do Palco Rock District, ao lado das bandas Oitão, Sioux 66 e Noturnall, entre outras.
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CAOS PANDÊMICO
A pandemia teve forte impacto na carreira da banda. “Ficamos sem perspectiva alguma”, lamenta. “Na realidade, a gente continua ainda na pandemia, mas parece que as coisas estão um pouco mais controladas agora. Porém, há algum tempo foi o caos. Perdemos turnê na Europa, que chegou a ser cancelada duas vezes. Cancelamos a turnê na América do Norte, que iria ao México, Estados Unidos e Canadá”, relembra.
O álbum “Dark echoes” foi gravado em 2020. Pela primeira vez, a banda deixou de ir para a estrada divulgá-lo. “Ano passado, a gente recebeu uma ligação da Marisa Menezes, diretora do Rock in Rio, e ela nos fez o convite para o palco Rock District. Tomamos um susto. É uma honra a gente se apresentar no mesmo dia do Sepultura, Iron Maiden, Megadeth e Dream Theater, entre outras estrelas internacionais”, comenta.
O guitarrista do Eminence explica que a banda se apresentará no dia do metal do Rock in Rio, mas o horário não está marcado. No mesmo palco estarão a Sioux 66, banda do filho do músico Andreas Kisser (Sepultura), Noturnall e Oitão, cujo vocalista é o chef paulista Henrique Fogaça. “Seremos a segunda banda, pois quem abrirá os shows é a Sioux 66. Em seguida virão a Noturnall e a Oitão”, adianta.
O repertório dos mineiros vai privilegiar as faixas de “Dark echoes”. “Infelizmente, ainda não tivemos a oportunidade de lançá-lo. Tocaremos 60% dele no Rock in Rio.” Alan diz que, provavelmente, o Eminence terá um convidado especial, mas não pode adiantar o nome por motivos contratuais. “Assim que pudermos, vamos revelar”, promete.
“Dark echoes” é o sexto álbum de estúdio da banda. Foi produzido pelo dinamarquês Tue Madsen, do Antfarm Studios, conhecido por seu trabalho com Moonspell, Behemoth, Meshuggah, Rob Halford, Vader, Dark Tranquillity Kataklysm.
“Fizemos a pré-produção em 2020, em plena pandemia, com cada integrante em sua casa. Este é o quarto trabalho de estúdio que fazemos com o Tue Madsen”, diz Alan.
CANÇÃO DE PROTESTO
A faixa-título, que traz a participação do vocalista sueco Björn Speed Strid (Soilwork, The Night Flight Orchestra, At the Movies e Gathering of Kings) e de Rodrigo Garcia (Orquestra Mineira de Rock), é um protesto político. A letra remete à desigualdade social, ao racismo e à homofobia.
O single-clipe “Into the ashes” conta com a presença de Marcio Buzelin, tecladista do Jota Quest, e do DJ Marco AS nos samplers. “Wake up the blind” traz a participação do guitarrista Jean Patton (Project46).
BH NA AGENDA
Alan informa que a banda fará show em 10 de setembro, na Serraria Souza Pinto, logo após o Rock in Rio.
“Temos algumas sondagens de shows no exterior, mas por enquanto ainda não há nada fechado. Provavelmente, depois da nossa apresentação no Rock in Rio, consigamos fazer turnês e shows lá fora”, afirma o baterista.