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Estado de Minas ARTES VISUAIS

O indivíduo ocupa o centro da pintura de Lígia Taka e Guilherme Melich

Artistas plásticos apresentam trabalhos na Galeria Nello Nuno, em Ouro Preto, inspirados na dimensão universal da individualidade


26/03/2022 04:00 - atualizado 26/03/2022 02:46

Quadro de Guilherme Melich mostra família à mesa durante a refeição
''Na sala de jantar'' quadro de Guilherme Melich (foto: Faop/divulgação)

O potencial do indivíduo e sua relação com a sociedade é o tema das exposições “Metamorfose Taka”, de Lígia Taka, e “Rastros de mim mesmo”, de Guilherme Melich, em cartaz na Galeria de Arte Nello Nuno, da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop).

“É interessante como as exposições se relacionam. As duas têm um fator em comum, que é uma tendência contemporânea, de discutir o indivíduo e o todo que ele representa na sociedade”, afirma Antônio de Araújo, coordenador de promoção e extensão cultural da Faop.

A carioca Lígia conta que as obras de “Metamorfose Taka” traduzem seu crescimento, libertação e transformação. Ela estudou na Escola Guignard, em Belo Horizonte, cuidou por muito tempo dos negócios da família e só conseguiu retomar a atividade artística há cinco anos.

“As obras vieram do fundo de minhas entranhas de uma forma muito verdadeira. Isso me libertou”, diz Lígia, que deixou de usar o sobrenome Imanishi para assinar Taka.

“O sobrenome era pejorativo entre as coleguinhas quando ela criança, então sempre assinou Lígia Imanishi”, comenta o curador Breno Barbosa. “A exposição representa a catarse desse movimento de transformação: sua família, sua história e a tradição japonesa se entrelaçam com a questão da nacionalidade, porque ela é brasileiríssima!”, afirma.

Em “Rastros de mim mesmo”, Guilherme Melich exibe retratos de familiares e amigos próximos que pintou desde 2016, quando voltou sua atenção para o tema da intimidade. Nascido no Rio de Janeiro, ele estudou artes e design na Universidade Federal de Juiz Fora (UFJF).

Guilherme busca abordar, em seu trabalho, a universalidade do particular. “Quando faço a pintura do meu pai, não me interessa muito que alguém vá atrás da biografia dele. Prefiro focar na relação entre pai e filho, com a qual qualquer pessoa pode se identificar”, afirma o pintor.

LIGIA TAKA E GUILHERME MELICH

Exposições “Metamorfose Taka” e “Rastros de mim mesmo”. Galeria de Arte Nello Nuno, Rua Getúlio Vargas, 185, Bairro Rosário, Ouro Preto. De terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 17h; sábado e domingo, das 14h às 18h. Entrada franca. Informações: (31) 3551-2014

* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria


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