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Estado de Minas ANIMAÇÃO

'Recursos Humanos' mantém o pique da série 'Big mouth'

Atração da Netflix, spin-off traz monstros e humanos às voltas com dramas da vida adulta, como burnout, depressão pós-parto e alcoolismo


31/03/2022 04:00 - atualizado 30/03/2022 20:55

Oito monstros da série animada 'Recursos Humanos' estão no escritório, tendo mesas de trabalho, computador e luzinhas de Natal ao fundo
Monstros de ''Recursos Humanos'' tentam ajudar seres humanos a lidarem com crises existenciais (foto: Netflix/divulgação)

Quando George Orwell escreveu “1984”, não poderia imaginar que os tubos pneumáticos que transportam a propaganda oficial do regime distópico de Oceania estariam presentes, em 2022, no spin-off de “Big mouth”. Mas eles estão lá, e quem assiste a “Recursos humanos” se pergunta por que a Netflix demorou tanto para desenvolver a série derivada.

Presentes na abertura ao som da canção de Janelle Monáe, os tubos distribuem as atribuições dos protagonistas do spin-off, que funciona tão bem quanto a série original, embora conhecer algumas premissas de “Big mouth” seja necessário para compreender melhor a trama.

Qualquer dúvida pode ser sanada na própria Netflix, onde estão disponíveis as cinco temporadas da animação original, que estreou na plataforma em 2017.

Os Monstros dos Hormônios Maury e Connie estão de volta, acompanhados de alguns velhos conhecidos dos fãs, como Mago da Vergonha, Insetos do Amor, Minhocas do Ódio e Kitty, a Gata da Depressão.

Novos personagens surgem ao longo dos episódios da série derivada, como Pete, a Rocha da Lógica, e Petra, o Gremlin da Ambição, todos vivendo seus próprios dramas e romances.

A trama, que se passa em um universo paralelo, começa com a misteriosa demissão de Sonya, a Inseto do Amor, das funções que desempenha na vida de Becca, humana à beira de um colapso emocional e prestes a dar à luz. Sua assistente Emmy é escolhida para a missão, mas se vê incapaz de lidar com as responsabilidades do cargo.

HUMOR PARA MAIORES

Com humor escrachado – e não recomendado para crianças –, os 10 episódios da nova animação abordam depressão pós-parto, burnout, alcoolismo e luto, entre outros dramas vividos tanto pelos monstrinhos quanto por personagens humanos.

São problemas típicos da vida adulta, diferentes dos desafios da adolescência retratados por “Big mouth”, mas capazes de emocionar e, quem sabe, até arrancar lágrimas dos desavisados.

Há surpresas, como a volta de um dos protagonistas da série original para participação especial. No entanto, ficaram lá em “Big mouth” os fantasmas de Duke Ellington, Whitney Houston e Elizabeth Taylor. Isso não significa o fim dos musicais característicos da franquia, pois eles têm presença garantida na primeira temporada de “Recursos humanos”.


“RECURSOS HUMANOS”

• Primeira temporada do spin-off de “Big mouth”
• 10 episódios
• Disponível na Netflix

* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria


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