“Quantidade e intensidade”, nas palavras do próprio Caetano Veloso, é o que o público de Belo Horizonte pode esperar do show que marca a estreia nacional da turnê do disco “Meu coco”, lançado em outubro do ano passado. Inicialmente programada para apenas 2 de abril na capital mineira, os ingressos se esgotaram rapidamente e a temporada ganhou outras duas datas. Assim, o Grande Teatro Cemig do Palácio das Artes recebe o cantor e compositor baiano desta sexta-feira (1º/4) a domingo (3/4).
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No texto em que apresenta o novo álbum, Caetano diz que “Meu coco” é fruto de um desejo enorme de gravar coisas novas e autorais. Tudo partiu da batida de violão “que soaria original a qualquer ouvido em qualquer lugar do mundo”.Essa batida foi o embrião da faixa-título, que, por sua vez, funcionou como uma espécie de manancial para o surgimento do restante do repertório.
A canção “Meu coco” contou com a participação de um time de instrumentistas de sopro residentes em Belo Horizonte: Alef Caetano, Alexandre Andrés, Marcela Nunes, Jonas Vitor, Tiago Ramos, Juventino Dias, Alaécio Martins e Fabio Ogata.
Eles foram arregimentados por Thiago Amud, um dos arranjadores do novo disco de Caetano, ao lado de Jaques Morelembaum e Pretinho da Serrinha.
Chama a atenção a grande quantidade de músicos que comparecem ao longo das faixas – boa parte delas com formações instrumentais encorpadas e diversificadas. Essa característica é, possivelmente, um dos elementos que conferem ao álbum a “intensidade” sobre a qual Caetano escreve.
Para fazer a costura geral da sonoridade, o cantor e compositor contou com a colaboração de Lucas Nunes, parceiro de seu filho Tom na banda Dônica.
“Cada faixa do novo álbum tem vida própria e intensa. Se ‘Anjos tronchos’ tem sonoridade semelhante à de ‘Abraçaço’, o último disco (de inéditas) que fiz antes deste, ‘Sem samba não dá’ soa a Pretinho da Serrinha: uma base de samba tocada por quem sabe – e a sanfona de Mestrinho, que comenta as fusões de música sertaneja com samba tradicional”, escreve Caetano.
SURPRESA NO PALCO
Como – e com quem – a profusão sonora que se ouve em “Meu coco” será transposta para o palco é algo que só se saberá a partir de amanhã, pois praticamente nada ainda foi divulgado a respeito da estrutura do show.Depois de Belo Horizonte, a turnê “Meu coco” segue para Porto Alegre, Itaipava (RJ), São Paulo e Salvador, entre outras cidades, numa agenda que, por enquanto, se estende até o final de junho.
A estreia da nacional de “Meu coco” no Palácio das Artes substitui o show “Caetano Veloso e Ivan Sacerdote”, programado para 2020, que não foi realizado devido à pandemia.
Quem comprou bilhete para aquela apresentação tem seu tíquete válido para “Meu coco”. Também é possível solicitar o reembolso do valor. O protocolo de devolução de ingressos da Eventim está disponível no site da Fundação Clóvis Salgado.
Importante frisar que ingressos adquiridos em 2020 são válidos somente para a apresentação de sábado (2/4), bastando apresentá-los na entrada do teatro. Não há necessidade de troca.
“MEU COCO”
Estreia da turnê de Caetano Veloso. Sexta-feira (1º/4) e sábado (2/4), às 21h, e domingo (3/4), às 20h. Grande Teatro Cemig do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537, Centro). Plateia 1: R$ 450 (inteira) e R$ 225 (meia). Plateia 2: R$ 390 (inteira) e R$ 195 (meia). Plateia superior: R$ 360 (inteira) e R$ 180 (meia). Até o fechamento desta edição, havia ingressos disponíveis para o show de domingo, que podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou no site www.eventim.com.br