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Estado de Minas MÚSICA

Felipe Bedetti faz show na sala Juvenal Dias para lançar 'Afluentes'

Cantor e compositor, de 21 anos, gravou o álbum durante o isolamento social, com a colaboração remota de parceiros de várias regiões de Minas Gerais e do país


02/04/2022 04:00 - atualizado 02/04/2022 10:10

Felipe Bedetti toca o violão e sorri, sentado num banco da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte
Felipe Bedetti vai cantar o repertório de 'Afluentes' e músicas que ficaram de fora de seu novo álbum (foto: Marcella Mendes/Divulgação)

O cantor, compositor e violonista Felipe Bedetti faz neste sábado (2/4), na Sala Juvenal Dias, o show de lançamento de seu segundo álbum, “Afluentes”. Trata-se de um trabalho de muitas vozes – tanto no que diz respeito aos parceiros do autor, de 21 anos, quanto ao número de instrumentistas e participações especiais ao longo das faixas.

No show, essa polifonia estará condensada apenas na voz e no violão de Felipe Bedetti, que vai se apresentar solo, recebendo os convidados Tadeu Franco, Bárbara Barcellos e Pedro Volta – todos colaboraram no álbum.

“Cheguei a pensar em fazer com banda, mas não conseguiria reproduzir o que está no disco”, diz o cantor, aludindo ao fato de que o registro de “Afluentes” contou com a colaboração remota de músicos de diversas partes de Minas Gerais e do Brasil.

MAPA 

Borda da Mata, Matipó e Ponte Nova, no interior mineiro, além de Fortaleza (CE), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), estão no “mapa” do álbum de Bedetti. Ele conta que a ideia inicial era gravar “Afluentes” em Borda da Mata, no estúdio de Poli Brandani, “grande compositor, músico, engenheiro de som e produtor.”

Bedetti é todo elogios ao parceiro. “Sempre fiquei encantado com a forma como ele produz. Poli já trabalhou com Dércio Marques e fez muitas coisas com a turma da viola, sempre muito cuidadoso, com todo o carinho. Ele sabe muito, os timbres, tudo. Então, a gente começou a construir o álbum lá, naquela calma típica de cidade do interior. A gente pôde gravar no nosso tempo”, explica.

A chegada da pandemia forçou a mudança de planos, o que trouxe horizontes muito mais largos para Bedetti, que passou a trabalhar com os colaboradores de forma remota.

“Gravava algumas partes, fazia arranjos de base no violão e enviava para os músicos que achava que tinham a ver. Deixei todo mundo livre para colocar sua identidade no trabalho. Cada um contribuiu com suas ideias, acrescentando algo”, afirma.

Alguns colaboradores, como o cearense Luciano Raulino, Bedetti só conhece virtualmente. “Boa parte do disco foi feita assim, a distância”, sublinha.



No show de logo mais, ele vai mostrar o repertório de “Afluentes” – oito composições próprias com diferentes parceiros, além de releituras de “Serra Branca” (de Dori Caymmi e Paulo Cesar Pinheiro) e “Gavião de Penacho” (de Francisco Braga, compositor dos anos 1920, adaptada por Tadeu Franco). Também estão no script temas de músicos que o influenciam, como Nelson Angelo e Tavinho Moura.

“Vou tocar também algumas canções inéditas, compostas durante a produção do disco e que acabaram não entrando nele. Coisas que compus com Paulinho Pedra Azul, Ronaldo Pereira e o próprio Tadeu Franco”, diz.

CLUBE DA ESQUINA 

Choro, xote, valsa e música instrumental perpassam a atual produção de Bedetti. “Quis fazer um disco com vários ritmos e estilos, com influência do Clube da Esquina. Trouxe para ‘Afluentes’, o álbum e o show, tudo o que ouço e me influencia. É um apanhado da minha atual fase, do que me representa musicalmente neste momento de vida”, diz.

Ao comentar os convidados especiais do show, diz que se trata de artistas com os quais vem estreitando laços de amizade desde que chegou a Belo Horizonte, em 2017, vindo de sua cidade natal, Abre Campo, na Zona da Mata.

“O Tadeu eu conheço desde criança, sou fã do trabalho dele. Ele participou do meu primeiro disco (“Solo mineiro”, 2018). Desde 2020, estamos fazendo shows juntos, circulando por cidades do interior do estado. A Bárbara, conheço desde que me mudei para BH e logo viramos amigos. Já o Pedro Volta é de São Paulo. Multi-instrumentista, ele toca muito e está morando em Belo Horizonte atualmente”, aponta.

Bedetti se diz orgulhoso de poder levar a público o resultado do esforço coletivo que envolveu tanta gente. Entre os muitos parceiros de suas canções estão Zé Luiz Rodovalho, Ramon Gonçalves, Poli Brandani, Paulinho Pedra Azul, Luciano Raulino e Thales Martinez.

O time de instrumentistas que se alternam ao longo das faixas do álbum reúne Beto Lopes (guitarra e trompete), Fernando Sodré (viola caipira), Alexandre Andrés (flauta), Pedro Volta (piano) e Lucas Telles (violão 7 cordas), entre outros. Além de Tadeu Franco e Bárbara Barcelos, comparecem como convidados especiais Toninho Horta e Dani Lasalvia.

BOCA A BOCA 

“Estou bastante feliz com a repercussão desse trabalho. As pessoas estão ouvindo e, volta e meia, tenho algum retorno. Como é um trabalho que não chega à mídia de massa, passa muito pela coisa da indicação, do esquema boca a boca”, comenta o jovem artista.

Bedetti agendou algumas datas para os próximos meses em cidades do interior mineiro. Sua intenção é circular bastante com o novo trabalho ao longo do ano. “Também tem a coisa da composição, que nunca para. Estou sempre criando”, avisa.

“AFLUENTES”

Show de Felipe Bedetti. Neste sábado (2/4), às 20h, na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro). Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada), disponíveis no site Eventim e na bilheteria do teatro. Informações: (31) 3236-7400.


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