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Estado de Minas MÚSICA

Banda Graveola volta aos palcos em versão de gala, acompanhada de orquestra

Grupo é o convidado do projeto Encontros Musicais e se apresenta nesta quinta-feira (7/4) no Centro Cultural Sesiminas, após dois anos sem fazer shows


07/04/2022 04:00 - atualizado 06/04/2022 19:38

Os cinco integrantes do Graveola vestidos em tons de branco e cáqui, em palco de teatro de arena
O Graveola apresentará um apanhado de seus 18 anos de carreira e terá a companhia da Orquestra Sesiminas nas músicas ''Amaciar dureza'', ''Dessa vez'', ''Aurora'' e ''In silence'', no show desta noite (foto: Luciano Viana / divulgação)

Foram dois anos longe dos palcos, mas o retorno da banda Graveola ao contato presencial com seu público será em grande estilo. O grupo se apresenta no Teatro do Centro Cultural Sesiminas nesta quinta-feira (7/4), às 21h, contando com a participação especial da orquestra da casa. 

O show marca a abertura da 3ª edição do projeto Encontros Musicais – uma série de apresentações que reúnem artistas de diferentes vertentes  –,  realizado desde 2018 pelo Centro Cultural, em parceria com o músico e produtor Kiko Klaus.

O repertório que o Graveola vai mostrar inclui músicas do álbum mais recente, “In silence”, lançado no ano passado, mas trata-se, segundo Thiago Corrêa (teclados, guitarra, violão), de um apanhado de toda a trajetória da banda, com alguns arranjos exclusivos. 

“É um show híbrido, especial, porque tem essa participação da Orquestra Sesiminas, o que é sempre muito luxuoso, a possibilidade de mostrar o trabalho com um acompanhamento orquestral”, afirma.

Ele diz que os arranjos foram criados especialmente para a ocasião, por Luíza Brina – que na banda responde por percussão, cavaco, escaleta e vocais – e pelo pianista Davi Fonseca. “Tem versões de músicas nossas que o público só vai ouvir esta noite”, adianta. 

Corrêa destaca, ainda, que o Graveola está trabalhando na preparação de sua turnê europeia, que deve ocorrer entre junho e julho deste ano, e que o show de hoje já traz um esboço do que o grupo vai levar para o outro lado do Atlântico.

O Graveola é uma banda de palco, de encontro, que tem uma história muito bonita com Belo Horizonte, e acho muito legal a gente poder se rever e estar juntos neste momento. É uma comemoração, por vários motivos. Vamos fazer coisas contemplativas, bonitas, com a orquestra, mas também vamos colocar as pessoas para dançar

Thiago Corrêa, músico do Graveola


ESTÉTICA INÉDITA

Ele aponta que a banda está começando a incorporar mais elementos eletrônicos e que um pouco dessa experiência será levada ao público do show de hoje. “Parte do repertório que está nesse show traz essa estética inédita para o Graveola, que flerta com uma sonoridade mais eletrônica. Essa apresentação contempla os arranjos únicos, feitos para tocar com orquestra, mas também já mostra um pouco essa transição de linguagem”, diz.

“Estamos fazendo releituras de clássicos do Graveola, músicas que são um apanhado de carreira mesmo, pegando as mais queridas do público. Em algumas, mantivemos o arranjo mais próximo do original; já outras vêm com essa nova roupagem mais eletrônica que estamos experimentando”, diz o músico. A Orquestra Sesiminas vai acompanhar a banda na execução de quatro canções: “Amaciar dureza”, “Dessa vez”, “Aurora” e “In silence”.

A escolha foi resultado, segundo Corrêa, de uma conversa entre o grupo, os arranjadores e o maestro Felipe Magalhães, que ficará responsável pela regência. Ele considera que esse reencontro com o público em traje de gala, neste momento, é muito simbólico, pela própria relação que a banda construiu com a cidade ao longo de seus 18 anos de existência.

“O Graveola é uma banda de palco, de encontro, que tem uma história muito bonita com Belo Horizonte, e acho muito legal a gente poder se rever e estar juntos neste momento. É uma comemoração, por vários motivos. Vamos fazer coisas contemplativas, bonitas com a orquestra, mas também vamos colocar as pessoas para dançar”, adianta Corrêa.

Tudo o que se disse até agora sobre o álbum mais recente – cujas músicas também estão incluídas no roteiro da apresentação de hoje – veio, invariavelmente, acompanhado dos adjetivos “sereno” e “reflexivo”. Corrêa assente o caráter mais introspectivo de “In silence” e considera que isso tenha a ver com um momento de maior maturidade da banda.

“O Graveola sempre teve uma irreverência no trabalho, um traço de humor, e esse novo disco é mais sereno mesmo, tem essa característica reflexiva, que se relaciona com olhar para dentro, parar um pouco com a loucura e respirar. O próprio nome tem a ver com isso, ele tem uma dinâmica mais baixa, uma roupagem mais leve”, diz. 

Segundo Corrêa, o processo de feitura de “In silence” teve algo de premonitório, já que, apesar de ter sido lançado no ano passado, o disco foi finalizado no início de 2020, antes da chegada da pandemia.

Com o avanço da vacinação, os índices de contágio em queda e, portanto, com os horizontes mais desanuviados, o músico diz que a banda agora se permite pensar em projetos mais a longo prazo, como as comemorações por suas duas décadas de trajetória, daqui a dois anos. 

O que está mais premente, no entanto, é mesmo a turnê europeia. “Entrei para a banda mais recentemente, mas o Graveola já tem um histórico bacana de turnês na Europa; já participou do (festival) Roskilde, na Dinamarca, por exemplo”, cita.

Ele diz que algumas datas no Velho Continente ainda estão sendo fechadas, mas que o grupo deve levar seu show para Portugal, Itália e possivelmente Espanha, a princípio. “E a ideia é voltar dessa turnê e entrar em processo de composição para lançar um novo álbum já no próximo ano. Como a banda tem muitos compositores, esse é um processo fluido. Em 2024, vamos comemorar 20 anos de banda, então é uma programação sobre a qual já estamos trocando ideias a respeito. Se tudo der certo, vai ser uma grande celebração.”

GRAVEOLA CONVIDA ORQUESTRA SESIMINAS
Apresentação do Projeto Encontros Musicais. Nesta quinta-feira (7/4), às 21h, no Teatro do Centro Cultural Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia). Ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Classificação livre. Lugares marcados


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