Desde 1994 sem lançar novas músicas, Pink Floyd, grupo de rock britânico, se juntou ao artista ucraniano Andriy Khlyvnyuk, da Boombox, para produzir um clipe de apoio à população da Ucrânia, que vive em guerra desde o ataque russo, em 24 de fevereiro. Mesclando imagens da gravação do single com trechos de protestos, o clipe conta com muitas manifestações de apoio aos ucranianos.
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O retorno de Pink Floyd
A última gravação inédita de Pink Floyd havia sido o álbum de estúdio “The Division Bell”, e foi o 14° disco da banda. O contato com o artista ucraniano foi feito pelo guitarrista da banda, David Gilmour, que assistiu o vídeo do artista cantando a marcha em uma praça silenciosa de Kiev e enviou uma mensagem de texto para o cantor.
À época, Andriy Khlyvnyuk estava internado por uma lesão causada por estilhaços da guerra. Gilmour, que tem familiares ucranianos, se comoveu com a situação e decidiu escrever a música. "Toquei-lhe um pouco da canção no telefone e ele me deu a sua bênção. Ambos esperamos fazer algo em conjunto e pessoalmente no futuro", conta o guitarrista de Pink Floyd.
A decisão por converter os lucros da música em ajuda humanitária veio da vontade da banda britânica em mostrar a revolta com a guerra da Ucrânia. David Gilmour completa que "temos sentido a fúria e a frustração deste acto vil de um país democrático independente e pacífico ser invadido e ter o seu povo assassinado por uma das maiores potências do mundo".
Repercussão nas redes
O clipe já tem mais de 2 milhões de visualizações, e foi lançado há menos de 24h. No YouTube, é o 10° vídeo mais popular e procurado do momento. No Twitter, muitos fãs comemoraram o retorno da banda. “Eu, como fã de Pink Floyd, estou me tremendo de um novo som da banda depois de tanto tempo”, escreveu uma internauta em seu perfil.