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Estado de Minas AUDIOVISUAL

Espanca! põe cadeira na rua, passa filme em sua porta e divulga a arte

Nesta quarta-feira (20/4), sete produções serão exibidas no encerramento do projeto Cinema de Fachada, nas imediações do Viaduto Santa Tereza


20/04/2022 04:00 - atualizado 19/04/2022 22:52

Pessoas sentadas no chão e em cadeiras assistem a filme exibido na fachada de teatro, em BH
Projeto gratuito, Cinema na Fachada foi retomado com sucesso após um hiato de cinco anos (foto: Pablo Bernardo/divulgação)

Quem estiver no Centro de BH na noite desta quarta-feira (20/4), especificamente na região da Praça da Estação, pode reservar um tempinho para conferir produções audiovisuais independentes da sessão de encerramento do Cinema de Fachada, no Teatro Espanca!.

Sete filmes, entre curtas, médias e um longa-metragem, serão exibidos na porta do teatro, que fica na Rua Aarão Reis, próximo ao Viaduto Santa Tereza. Serão disponibilizadas cadeiras na calçada.

SELEÇÃO NACIONAL

A programação reúne filmes selecionados a partir de chamamento público de alcance nacional. Na retomada do projeto, após hiato de cinco anos, houve três sessões quinzenais. Gestora e coordenadora do Espanca!, Suellen Sampaio observa que, com a pandemia, a produção audiovisual registrou considerável incremento, pois muitos artistas de outras áreas tiveram de se adaptar ao formato on-line.

“A gente recebeu vários trabalhos muito diferentes uns dos outros. Há presença grande de produções de videodança e videoarte, por exemplo, além de documentários, depoimentos, ficção e outras linguagens”, diz. A equipe organizadora assistiu a 59 horas de filmes com olhar atento ao conteúdo, de forma a agrupar propostas afins.

Boa parte do material recebido veio de pessoas ligadas ao Espanca!. “Retomamos o Cinema de Fachada pensando nos editais voltados para o audiovisual como forma de manter o espaço, que ficou muito tempo sem receber atividades presenciais. Com isso, a gente consegue trazer para perto artistas que constroem com a gente”, diz Suellen. “Também recebemos filmes de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e outros estados”, acrescenta.

Pessoas atentas, sentadas no chão, assistem filme na Rua Aarão Reis, em BH
Plateia se diverte ao ar livre, em frente da sede do Espanca! (foto: Pablo Bernardo/divulgação)


Suellen conta que entre os espectadores estão a população em situação de rua, comerciantes da Aarão Reis, pessoas que aguardam ônibus nos pontos da região, usuários do metrô e estudantes das escolas de formação artística próximas, como o Centro de Referência da Juventude.

“Na primeira sessão, em março, colocamos poucas cadeiras, umas 15, pensando que a maioria dos eventuais espectadores fosse de transeuntes, gente de passagem. Mas cerca de 150 pessoas apareceram. Algumas se arranjaram pelo chão, outras levaram cadeiras de praia e umas tantas realmente só estavam de passagem. Tem quem fique mais tempo porque se identifica com o que está sendo exibido”, diz.

Suellen Sampaio comenta que o público vê o filme em silêncio, aplaude aqueles de que gosta ao final, troca ideias. “Existe uma interação muito interessante”, ressalta, acrescentando que a intenção é tornar o Cinema de Fachada cada vez mais acessível e inclusivo. Na sessão desta noite, há um filme em libras, destaca.

FUTURO  PROMISSOR

Com o sucesso desta temporada, a equipe do Teatro Espanca! projeta a próxima, ampliada e mais abrangente.

“Podemos pensar em edição mais longa e com periodicidade menor entre as sessões. Existe essa vontade e existe essa coragem de sair do teatro ao encontro do público, numa perspectiva que faça sentido, mantendo o que deu certo, ajustando algumas coisas e trazendo outras novas”, salienta.
Pessoas assistem atentamente a filmes exibidos na rua em BH
Clima é o mesmo de uma sala de cinema tradicional (foto: Pablo Bernardo/divulgação)
 

CINEMA DE FACHADA

Nesta quarta-feira (20/4), a partir das 19h, na porta do Teatro Espanca! –  Rua Aarão Reis, 542, Centro. Gratuito.

EM CARTAZ

 “Voante – Um rastro poético ou uma ode à imaginação”, de Raique de Moura Dias
 “Tinnitus”, de Caroline Cavalcanti
 “Caôca”, de Alan Keller
 “Lívido”, de Luís Oliveira
 “Dragona de 7 cabeças”, de Will Soares
 “Encobertos”, de Lilian Graça
 “Sessão Bruta”, dos coletivos Ela.Ltda e As Talavistas



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