Ele já tocou com Hermeto Pascoal, Toninho Horta, Ivan Lins, Gilberto Gil, Yamandu Costa, Elba Ramalho, Mart'nália e Fafá de Belém. Instrumentista renomado, agora o contrabaixista cearense Michael Pipoquinha lança seu terceiro disco solo, o autoral “Um novo Tom” (Umbilical). Também está nas plataformas digitais o single “Momento sagrado”, homenagem a Tom, filho dele que nasceu recentemente.
Desta vez, o repertório seria algo novo, ainda não explorado pelo contrabaixista e compositor. Antônio, o segundo filho dele, chegou como inspiração. Das 11 faixas autorais feitas em parceria, 10 são instrumentais.
CLIPES
“Somente 'Confissão', minha com a Bruna Moraes, é cantada por ela. A gente filmou algumas coisas, essa canção mesmo terá videoclipe. ‘Momento sagrado’ e ‘Respirar’, provavelmente, ganharão clipes também”, adianta.
A novidade veio com várias sonoridades, revela Pipoquinha. “É a mistura de muita coisa. Tem música que é jazz puro, suingue, mas tem também a mistura de timbres. Há algo mais fusion, mas ao mesmo tempo com canção.”
Pipoquinha gosta de compartilhar ideias, por isso chamou o pianista e tecladista Thiago Silva para gravar com ele e planejar a produção do trabalho.
“Fui mandando para ele o que tinha feito e a gente foi batendo essa bola. A gente ajustava, fizemos diversas reuniões. Foi bem bonito esse processo”, revela o compositor.
Os shows vieram antes da gravação do álbum. Quando surgiu o convite para a apresentação no Sesc Instrumental, em São Paulo, Pipoquinha não teve dúvida: levou o repertório ainda inédito para o palco.
“Convidei o baterista Serginho Machado e o saxofonista Josué Lopes, além do próprio Thiago, para montar um quarteto”, relembra. Pipoquinha mandava pré-produções para os músicos, via WhatsApp. “Nós nos encontramos dois dias antes do primeiro show. Fizemos a apresentação, que ficou muito legal, e depois pintou outro em um festival na cidade de Porto Alegre”, relembra.
O álbum só veio depois. “Foram dois shows para a gente chegar no estúdio já afiado”, orgulha-se Pipoquinha, que tem novas músicas prontas e planeja outro álbum.
“Antes de gravar, já estamos pensando no outro disco, é assim que funciona a cabeça do artista”, ele diz.
PLANOS
Pipoquinha tem se dedicado a preparar os shows de lançamento de “Um novo Tom”. Em sua discografia, há álbuns em duo e trio com Yamandu Costa, Mestrinho e Pedro Martins, entre outros instrumentistas.
“Meu primeiro disco saiu em 2017, se chama ‘Cearensinho’ e foi produzido pelo Arthur Maia”, diz, referindo-se ao aclamado baixista que morreu em 2018, aos 56 anos. “Infelizmente, esse álbum não está nas plataformas, mas as pessoas estão me cobrando demais para colocá-lo. É um trabalho muito bonito.” Ele também lançou “Lua”, em 2008, e “Cumplicidade”, em 2020.
“Um novo Tom” chega depois dos singles “Tipo Dani”, “Maurício”, “Voo livre” e “Ballad for Keith”. O repertório traz ainda “Thanks”, “Buck”, “O auge do amor”, “Jazz pipocado” e “Respirar”, todas compostas por Pipoquinha.
Participam do disco Thiago Almeida (teclados, piano e voz), Mestrinho (sanfona), Josué Lopes (sax e clarone), Serginho Machado (bateria), Vanessa Moreno (voz), Ricardo Braga (percussão), Diego Garbin (flugelhorn), Danilo Silva (violão) e Lucas Gomes (trompete), além de Matu Miranda, Bruna Moraes e Antonio Nóbrega nos vocais.
“UM NOVO TOM”
. Álbum de Michael Pipoquinha
. Umbilical
. 11 faixas
. Disponível nas plataformas digitais