Jornal Estado de Minas

SHOW

Orquestra Mineira de Rock troca a zona de conforto pela música brasileira


Comemorando a volta aos palcos depois do confinamento pandêmico, a Orquestra Mineira de Rock se apresenta neste sábado (30/4), no Palácio das Artes. O show “Brasil” homenageia brasileiros de diversas gerações: Villa-Lobos, Skank, Raul Seixas, Clube da Esquina, Chico Buarque, Elis Regina, Cássia Eller, Belchior, Nando Reis, Novos Baianos, Gilberto Gil, Tim Maia e Chico Science.





O repertório também traz composições autorais de integrantes das bandas Cartoon, Cálix e Somba, que formam a orquestra. O show “Brasil” foi apresentado apenas uma vez, em dezembro de 2019, com arranjos assinados por Khadhu Capanema, Renato Savassi, Khykho Garcia, Avelar Jr., Léo Dias e Guilherme Castro.

A expectativa em relação a este sábado é grande, diz Khadhu Capanema. “Todos nós temos outros trabalhos, mas é unânime que este é o mais prazeroso, de maior visibilidade, no qual colocamos todos os nossos anseios”, afirma. “Tocamos vários instrumentos e cantamos também. Isso possibilita arranjos que em nenhuma outra circunstância conseguiríamos fazer.”

ROUPAGEM

A maioria das canções foi totalmente rearranjada, “ganhando nova roupagem, uma cara diferente da original”, diz o vocalista. “Chegamos a um resultado de muita personalidade.”

O desafio não foi pequeno para ele e os 12 companheiros. “Saímos da zona de conforto, que é tocar rock, Beatles e as nossas próprias músicas, para entrar no mundo da música brasileira, o que nos dá grande responsabilidade”, revela.




Uma das novidades é a versão de “Como nossos pais”, clássico de Belchior. O público vai ouvir “Índios”, da Legião Urbana, “Fé cega, faca amolada” e “Clube da Esquina”, de Milton Nascimento.

“Tentamos recolher o máximo possível das influências da música brasileira de que gostamos e até coisas que não pertenciam muito ao nosso universo. Há uma suíte nordestina maravilhosa que ficou incrível, com arranjo do flautista Renato Savassi”,diz o vocalista.

O guitarrista Guilherme Castro também comemora a volta aos palcos. “Conseguimos a data deste sábado e outras duas, no final de setembro e começo de outubro”, conta.

“Brasil” é um estímulo para o grupo conhecido por shows temáticos dedicados ao rock e aos Beatles. “Nossa ideia não é fazer versões roqueiras e inusitadas para o repertório que vai de Villa-Lobos a Skank, Paralamas e Nando Reis, passando por Chico Buarque, Gilberto Gil e Alceu Valença”, explica Castro. “A ideia é rodar o país com esse espetáculo. O repertório traz canções comunicativas e fortes, as pessoas conhecem as letras e cantam conosco”, diz Castro.




COLETIVO 

Criada na década de 1990 em BH pelas bandas Cartoon, Cálix e Somba, a orquestra reúne Renato Savassi, Sânzio Brandão, Marcelo Cioglia, Rufino Silvério, André Godoy, Khadhu Capanema, Khykho Garcia, Raphael Rocha, Bhydhu Capanema, Avelar Jr., Léo Dias, Guilherme Castro e André Mola. Eles tocam marimba de vidro, esraj, duas baterias, percussão, quatro guitarras, dois teclados e três baixos.

“BRASIL”

Show da Orquestra Mineira de Rock. Neste sábado (30/4), às 21h, no Grande Teatro Cemig do Palácio das Artes. Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro. Inteira: R$ 120 (plateia 1), R$ 100 (plateia 2) e R$ 80 (plateia superior). Meia-entrada na forma da lei. Ingressos à venda na plataforma Eventim