Vinil de 'God save the queen', do Sex Pistols, 'saúda' o jubileu da rainha
Canção proibida em 1977, que chama a monarquia de fascista e teve 25 mil cópias destruídas, será relançada em 27 de maio
03/05/2022 04:00 - Atualizado em 04/05/2022 01:02
“God save the queen”, single que lançou o grupo Sex Pistols e provocou enorme escândalo em 1977, será reeditado em vinil em 27 de maio, pouco antes das celebrações dos 70 anos de reinado de Elizabeth II, anunciou a banda nessa terça-feira (3/5).
“Um dos discos de vinil mais procurados da história volta às prateleiras”, comunicou a banda de punk-rock britânica em seu perfil no Twitter, anunciando a reedição de número limitado de cópias.
HINO
Lançada em 27 de maio de 1977, a música usa o hino nacional britânico em seu título e estreou no jubileu de prata de Elizabeth II.
A letra da canção não poupa a monarquia britânica, comparada a “um regime fascista”. Diz também que a rainha “não é um ser humano”.
Ao ser lançada, “God save the queen” foi proibida de tocar na rádio e na televisão públicas para evitar ofender a monarca e seus partidários.
Na época, a gravadora A&M destruiu 25 mil cópias do disco, que chegou ao segundo lugar nas paradas de mais vendidos do Reino Unido.
Britânicos do Sex Pistols fizeram história no punk-rock mundial (foto: Christof/divulgação)
Agora, a reedição da A&M será limitada a 1.977 cópias, com a faixa “No feeling” no lado B. Também está prevista a reedição de um segundo vinil, do selo Virgin, no qual aparece a famosa ilustração de Jamie Reid do rosto de Elizabeth II. O lado B desse relançamento incluirá a canção “Did you no wrong”.
Os singles estarão à venda em 27 de maio. As comemorações do jubileu de platina de Elizabeth II estão marcadas para o período de 2 a 5 de junho.
SHEERAN FARÁ SHOW
A estrela pop britânica Ed Sheeran encerrará com grande show as festividades do jubileu, após o desfile de 5 de junho pelas ruas de Londres, considerado o clímax dos quatro dias de celebrações.
Depois do toque dos sinos da abadia de Westminster, a marcha percorrerá três quilômetros até o Palácio de Buckingham, onde Ed Sheeran vai cantar.
Descrito como “tesouro nacional” pelos organizadores do evento, o cantor afirmou estar “orgulhoso de ser parte das celebrações”.
Dez mil militares participarão do ato, que será transmitido para todo o mundo e poderá ser acompanhado por 1 bilhão de pessoas, segundo as estimativas.