O entusiasmo com que Marcus Ferreira fala da Bienal Mineira do Livro antecipa o saldo positivo que ele credita a esta edição, que chega à reta final neste sábado (21/5) e domingo (22/5), no BH Shopping. Para o diretor-geral do evento, que voltou reformulado depois de passar os últimos seis anos hibernando (ou no modelo remoto, como em 2020), “houve a reconexão da sociedade mineira com sua maior iniciativa literária”.
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PARCERIAS
Ferreira saúda o sucesso das parcerias propostas – cada eixo temático contou com a curadoria de órgãos e instituições que atuam nas áreas afins, como Fundação Dom Cabral, Academia Mineira de Letras, Instituto Pró-Livro, Biblioteca Pública Estadual e Instituto Fernando Sabino, entre outros. Somaram-se a essa lista, sem que houvesse convocação prévia, Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte, Sebrae e Casa Fiat de Cultura, entre outras instituições. “O chamamento da Bienal foi ouvido e pudemos contar com grande colaboração”, celebra.
A programação do último fim de semana da Bienal prevê debates, lançamentos e outras atividades, como o eixo “Palavras com tempero”, em que o escritor homenageado desta edição, Olavo Romano, recebe músicos mineiros para rodada de causos e cantorias. O convidado de hoje é Wilson Dias. Amanhã, a prosa será com a dupla Celinha e Lu.
Ferreira destaca duas presenças que devem despertar maior atenção do público: Paula Pimenta, que fala, amanhã, sobre o processo de adaptação de seus livros para o formato audiovisual, e o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, na condição de escritor. Hoje, ele autografa livros que lançou.
“Paula Pimenta é uma autora muito popular, das que mais vendem livros. Mineira, muito simpática, todo mundo gosta dela, as crianças e os jovens. Outra atração, que chamaria de pitoresca, é o prefeito, também escritor, que tem dois livros lançados e está terminando o terceiro. Ele se denomina, modestamente, um escrevedor de livros. Acabei de ler ‘O amargo e o doce’ e gostei demais. Ele tem uma verve muito boa”, comenta o diretor-geral da Bienal.
Quem também marca presença na reta final do evento é o jornalista e escritor Carlos Marcelo, diretor de Redação do Estado de Minas. Autor dos livros “Renato Russo: o filho da revolução” (Planeta, 2009), “Presos no paraíso” (Tusquets, 2017) e “Os planos” (Letramento, 2021), entre outros, ele participa neste sábado, das 16h às 18h, do Café Literário, com mediação do presidente da Academia Mineira de Letras, Rogério Faria Tavares, no Auditório Ouro Preto.
ITINERÂNCIA
Marcus Ferreira ressalta que além da programação que chega ao fim neste domingo, a Bienal Mineira do Livro segue com outras ações. Na retomada das atividades após seis anos, ela aposta em dois pilares principais: o caráter itinerante e a permanência por meio de ações pulverizadas ao longo do ano. O modelo remoto adotado em 2020, durante a pandemia, batizado “Bienal na sua casa”, será retomado e tem três edições programadas – junho, julho e agosto deste ano.
“Conseguimos reunir centenas de horas de material audiovisual com autores de Minas e de todo o Brasil”, conta. Ferreira adianta que a Bienal vai circular por cidades do interior com uma carreta-baú que também é espaço de leitura e debates, com 100 metros quadrados. “A ideia é que sigamos fazendo atividades de circulação e edições virtuais até a próxima edição presencial em Belo Horizonte, em 2024”, informa.
BIENAL MINEIRA DO LIVRO 2022
Neste sábado (21/5) e domingo (22/5), no estacionamento Ouro Preto do BH Shopping. Atividades a partir das 10h, divididas em três turnos: das 10h às 14h, das 14h às 18h e das 17h às 22h. Ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) e podem ser adquiridos no site https://bienalmineiradolivro.com.br/