(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas LITERATURA

Palestra aborda obra, vida e legado de Paulo Mendes Campos

Escritor, poeta e jornalista belo-horizontino, que faria 100 anos em 2022, será lembrado nesta quinta (26/5), pela Academia Mineira de Letras


26/05/2022 04:00 - atualizado 25/05/2022 23:13

Escritor, poeta e jornalista belo-horizontino Paulo Mendes Campos
Paulo Mendes Campos escreveu sobre amor, morte, solidão e esperança (foto: Badaró Braga/O Cruzeiro/Arquivo EM /10/8/60 )


Caso estivesse  vivo, Paulo Mendes Campos teria completado 100 anos em 28 de fevereiro último. O escritor, poeta e jornalista belo-horizontino, nascido em 1922, morreu em 1991, aos 69 anos, deixando um legado inegável para a literatura e o Modernismo, que será celebrado pela Academia Mineira de Letras (AML).

Nesta quinta-feira (26/5), a instituição promove a palestra "Paulo Mendes Campos: Policromia", que será realizada em formato virtual, a partir das 11h, no canal da AML no YouTube, e será conduzida pela advogada e professora Cristiane Campos de Figueiredo Silva, sobrinha-neta do escritor.

Professora da pós-graduação da PUC Minas e coordenadora da pós-graduação em governança pública da UNIFEMM, ela  apresentará a obra de Paulo Mendes Campos, sua personalidade e gostos. A ideia é que a palestra tenha um tom descontraído.

Escritores Fernando Sabino, Helio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos
Fernando Sabino, Helio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos: os "'quatro cavaleiros mineiros do apocalipse" (foto: Arquivo EM/'980 )

HUMANISTA 

"Ele era um homem de muito estofo intelectual, atraente na fala e no trato. Na sua obra, destacavam-se o homem, a solidão, a morte, o trivial da vida, o esplendor do amor, a esperança. Paulo Mendes Campos era, na verdade, a síntese de todos os humanos paradoxos", ela afirma.

O escritor manifestou interesse pela literatura muito cedo, bastante motivado pelo pai, o médico Mário Mendes Campos, que também era escritor. Apesar de ter ingressado em cursos como direito, odontologia e veterinária, os quais não chegou a concluir, o escritor se firmou mesmo no mundo das letras, mais precisamente no jornalismo, ao assumir a direção do Suplemento Literário da Folha de Minas.

Ao lado de Fernando Sabino, Otto Lara Resende e Hélio Peregrino, ele formou o quarteto "os quatro cavaleiros mineiros do apocalipse", apelido dado por Lara. O grupo consistia nos quatro se encontrarem com bastante frequência na capital mineira para discutir política e literatura, de preferência em algum bar ou café.

Apesar das raízes mineiras, Mendes Campos se firmou no Rio de Janeiro, onde escreveu suas primeiras crônicas, veiculadas no Diário Carioca, e manteve, por muitos anos, uma coluna semanal na revista Manchete.

Professora Cristiane Campos de Figueiredo Silva sentada à mesa, com braços cruzados sobre o tampo envidraçado
Sobrinha-neta do escritor, Cristiane Campos de Figueiredo Silva fará palestra on-line a convite da AML (foto: Divulgação )
Sua estreia na poesia aconteceu com o livro "A palavra escrita", de 1951, mas o escritor e poeta só ganhou destaque a partir de "O domingo azul do mar", de 1958, com o qual ele venceu o Prêmio Alphonsus de Guimaraens do Instituto Nacional do Livro.

Em 1960, ele publicou seu primeiro livro de crônicas, "O cego de Ipanema". Sua bibliografia soma 28 livros publicados. Entre os destaques estão "Homenzinho na ventania" (1962), "Os bares morrem numa quarta-feira" (1981)", "Diário da tarde" (1996) e "O amor acaba – Crônicas líricas e existenciais" (1999). Após a exibição, a palestra "Paulo Mendes Campos: Policromia" ficará disponível no YouTube da AML.

“PAULO MENDES CAMPOS: POLICROMIA”

Palestra com Cristiane Campos de Figueiredo Silva. Nesta quinta (26/5), às 11h, no canal da Academia Mineira de Letras (AML) no YouTube (youtube.com/AcademiaMineiraDeLetras)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)