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Casagrande: 'Desde os anos 1970, sou envolvido com política'

Documentário 'Casão - Num jogo sem regras' revela detalhes da vida do ex-craque. 'Sou julgado porque as pessoas não conhecem a minha história', diz ele


02/06/2022 04:00 - atualizado 02/06/2022 08:37

Walter Casagrande Júnior faz o v da vitória com os dedos em cena do documentário Casão - Num jogo sem regras
Filme acompanha a trajetória de Casagrande, com sua alma inquieta e contestadora (foto: Globo/divulgação)
O documentário “Casão – Num jogo sem regras” está disponível no Globoplay. Ao longo de quatro episódios e ao som de rock and roll, o filme navega cronologicamente pela trajetória do ex-jogador e comentarista, fazendo um paralelo com a história do país em cada época.

A produção se propõe a acompanhar a intensidade alucinante de Walter Casagrande Júnior e representar a sua alma inquieta, apaixonada e contestadora. Dirigido por Susanna Lira, com roteiro de Bruno Passeri e Roberto Passeri, o documentário conta com depoimentos de Galvão Bueno, Roberto Rivellino, Baby do Brasil, Juca Kfouri, José Trajano e dos três filhos de Casão.

A infância de Casagrande na periferia de São Paulo, o alcoolismo do pai, a reflexão sobre a condição da mulher, a morte precoce da irmã mais velha, a rebeldia em tempos de ditadura militar, o início promissor e a briga que o afasta do Corinthians marcam o primeiro episódio.

LUTO E PAIXÃO

A sequência traz a primeira experiência de Casagrande longe de casa, o luto se convertendo em força motriz, a paixão arrebatadora por Mônica, a ascensão como centroavante de Seleção Brasileira e o início de uma era histórica: a Democracia Corinthiana. Também aborda a relação fraternal dele com Sócrates e com ícones da música brasileira.

No terceiro episódio, o filme apresenta a experiência do jogador na Europa, a saudade do Brasil, a paternidade e o fim da carreira. Por último, o foco é o mergulho de Casagrande nas drogas, os problemas que passam a assombrá-lo constantemente, a internação compulsória, a relação com Baby do Brasil, a espiritualidade, a morte de Sócrates e, claro, a volta por cima.

“O documentário vai ser importante porque mostra melhor quem eu sou. Vai esclarecer que desde os anos 1970, sou envolvido com política. Esse é um ponto muito importante para mim, pois às vezes sou julgado porque as pessoas não conhecem a minha história... Tem também o lado da infância, nunca dei entrevista falando dessa fase. E ainda a minha história mais dramática, que é o problema com as drogas”, declarou.


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