Compositor, arranjador e guitarrista, Celso Pennini chega às plataformas digitais com o EP “Dados biográficos”, que contém sete faixas de sua autoria. O músico é quem interpreta as canções, que versam sobre o amor, incluindo o amor à música.
O lançamento anterior de Pennini é de 2014, “Tênue como o tempo”. “Eu já vinha com um monte de músicas autorais prontas e que pediam para ser gravadas”, afirma. “No ano passado, surgiu a oportunidade de gravar com o Thiago Correa no estúdio Frango Bafo. Trabalhamos com músicas autobiográficas, vamos assim dizer. São canções em que falo de mãe, pai, filha, amigos, esse universo de pessoas à nossa volta. Todas as músicas têm essa relação, por isso o disco se chama ‘Dados biográficos’.”
Há uma canção, no entanto, “um pouco fora da curva”, segundo o músico diz, por estar relacionada com “o momento atual da política”. A música se chama “Mito” e ganhou também um videoclipe, disponível no YouTube.
Esse é o primeiro disco em que Pennini também canta. “Sempre convidei parceiros para cantarem as minhas músicas. Neste disco, resolvi assumir também o vocal”, conta. “Exilados” é a única canção do EP que tem um convidado nos vocais, Khadu Capanema, vocalista da banda Cartoon.
PLANOS
Pennini diz que ainda tem muitas músicas que não foram gravadas e pretende lançá-las na medida do possível. Durante a pandemia, o compositor fez somente duas músicas, “Passaporte” e “La nave va”. “A primeira canção eu fiz para a minha mãe. Já perdi pai e mãe e, na época em que eles eram vivos, não consegui fazer nada que achasse que fosse bacana, bonito até chegar ao ponto de gravar”, comenta.
“E, no meio da pandemia, estava fazendo uma live e comentando sobre o Dia das Mães, alguma coisa assim, quando o namorado da minha filha disse: ‘Poxa, você tem uma música tão bonita que fez para o seu pai. Por que você nunca pensou em fazer uma para a sua mãe?’ De um dia para o outro, veio uma inspiração e fiz ‘Passaporte’.”
Já em “Exilados” ele trata do tema da amizade. “Depois os amigos se perdem de você, como se fosse a perda da inocência, da juventude, daquelas amizades em que depois cada um vai tomando um rumo diferente. A letra fala sobre isso”, comenta.
“La nave va”, por sua vez, aborda indiretamente a pandemia. “É uma música que fiz sobre o encontro de minha filha com o namorado dela. Foi um encontro inusitado, bonito, exatamente no meio da pandemia, e essa música fala sobre isso”, conta.
Com uma “pegada de rock”, pois o músico diz que é roqueiro desde sempre, o EP tem uma colaboração do guitarrista Rogério Delayon. O objetivo de Peninni com esse trabalho, segundo ele diz, é “tocar o coração das pessoas com aquele sentimento básico de você fazer uma música em homenagem aos seus pais, filhos e amigos. São histórias próprias, mas que também podem se encaixar na de outras pessoas”.
Com produção de Thiago Correa, o EP conta com as participações dos músicos Richard Neves (teclados), Arthur Resende (bateria), Isabela Pennini (vocal), Rodrigo Garcia (celo), Juventino Dias (flugelhorn), Tiago Ramos (sax barítono), Luis Patrício (bateria) e o já citado Khadu Capanema.
DADOS BIOGRÁFICOS
.EP de Celso Pennini
.Disponível nas plataformas digitais