Deff faz show hoje, às 21h, na Casa Matriz (Avenida Álvares Cabral, 400, Centro), para celebrar sua trajetória artística - ele tem 40 anos, mais da metade deles dedicada ao hip-hop. O mineiro é um dos fundadores da banda Julgamento, destaque da cena alternativa de BH, criada em 1996, com a qual gravou três álbuns. Roger também lançou os discos solo "Etnografia suburbana" (2019) e "Pra romper fronteiras" (2021). Atualmente, prepara o álbum de estúdio "Alegoria da paisagem" para 2023.
O show desta noite terá discotagem do DJ Roger Moore, outro veterano da cena alternativa. Os ingressos custam R$ 20 e podem ser adquiridos na plataforma Sympla. Pesquisador, jornalista e mestre em artes, recentemente Roger Deff apresentou dissertação sobre o rap de BH. Nela, analisa os primeiros tempos do hip-hop na capital, o diálogo do rap com o funk (que, aliás, vem de muitos anos) e joga luz sobre a cena cultural criada por jovens da periferia no Centro, bem antes do surgimento do Duelo de Mcs.
No bate-papo, Deff revela como conheceu Sabotage, a lenda do rap nacional, na galeria da Praça Sete, fala da importância do hip-hop para sua formação como cidadão, analisa o papel da linguagem corporal e do cabelo para a autoestima dos negros. Seu black power, aliás, ganhou elogios até de Mano Brown.
Destacando a relevância da chamada arte periférica para a cultura de BH, o convidado do Divirta-se Podcast comenta a nova cena do rap de BH, em que despontam nacionalmente nomes como Djonga, FBC, Vhoor e Oreia, entre outros.