Rodrigo Quik e Letícia Carneiro, bailarinos da Quik Cia de Dança, ocupam espaços públicos de BH para apresentar gratuitamente “Tecituras”, neste sábado (18/6) e domingo (19/6), com reprise no próximo final de semana. Há quatro anos eles não dançam na capital.
Desde 2000, o casal se dedica à pesquisa coreográfica envolvendo corpo, objetos, sonoridades e arquitetura.
“Sempre trabalhamos a perspectiva de interlinguagem, tentando conversar com as artes plásticas, com o teatro e com a música. Isso foi evoluindo até chegar ao momento atual, no qual a dança dialoga fortemente com outras linguagens artísticas”, afirma Letícia Carneiro.
INHOTIM
“Tecituras” estreou em 2014, no Instituto Inhotim, no entorno da obra “Desert park”, da artista francesa Dominique Gonzalez-Foerster. Houve apenas uma apresentação em BH, no Sesc Palladium. O espetáculo circulou no estado de São Paulo, em unidades do Sesc na capital e no interior.
“A dança que vemos no teatro é muito importante, mas percebemos a questão da formação de público. Abrimos para a possibilidade de públicos espontâneos e de levar às pessoas a dança contemporânea. Fazemos apresentações com rodas de conversa e em escolas públicas”, explica Letícia.
“Uma das grandes potências do trabalho é a empatia criada com o público quando retiramos a quarta parede. O público nos ajuda a construir novo espaço, através do trabalho improvisado, relacionado aos objetos e à arquitetura que utilizamos em cena”, conta.
A trilha sonora traz músicas compostas especialmente por Rodrigo Salvador e Thiago Mioto. Hoje, às 16h, “Tecituras” chega à Praça Floriano Peixoto, no bairro Santa Efigênia. Amanhã, às 16h, será a vez do Parque das Águas, no Barreiro. Nos dias 25 e 26, Rodrigo e Letícia vão dançar nos centros culturais Venda Nova e Lagoa do Nado, respectivamente.
“Gostamos de aplausos e gostamos de olhar nos olhos do público. É muito bom poder respirar próximo às pessoas, apesar de ainda não sabermos se já deixamos a pandemia”, diz Letícia, comemorando o reencontro com o público de BH depois de quatro anos.
* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria