Jornal Estado de Minas

OURO PRETO

Casa Bandeirista de Amarantina é reinaugurada após reforma

Uma das mais antigas construções de Ouro Preto – a Casa Bandeirista, no distrito de Amarantina, a 28 quilômetros da sede, será reinaugurada neste domingo (3/7). Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1963, agora ela poderá proporcionar mais estrutura como equipamento cultural voltado aos interesses da população.





Construída entre o final do século XVII e início do século XVIII pelos bandeirantes, e agora gerida pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, a secretária, Margareth Monteiro, falou do valor cultural que a Casa vai proporcionar e os trabalhos que serão desenvolvidos.
 
“A Casa do Bandeirista de Amarantina será finalmente implantada à altura que o Município e o distrito de Amarantina merecem, com um excelente espaço contendo peças autênticas e de época e com infraestrutura necessária para receber as reuniões e eventos da população de Amarantina”, disse o chefe de Gabinete, Zaqueu Astoni.


Centro Cultural

Em 2014, a Casa Bandeirista de Amarantina foi transformada em Centro Cultural e de Eventos sob a administração da comunidade local. A prefeitura assinou convênio com uma associação para transferir o imóvel erguido entre o fim do século 17 e início do 18, tombado pelo Iphan.




 
Conhecida também como Casa de Pedras ou Setecentista, o exemplar remanescente da arquitetura colonial rural está localizado próximo à igreja do padroeiro São Gonçalo do Amarante.
 
Outras obras foram realizadas por volta de 2013 e, na época, a estrutura ainda ganhou um anexo para realização de feiras, exposições, palestras e outras atividades. Os serviços na Casa Bandeirista consumiram R$ 1,4 milhão, recurso próprio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) mais contrapartida da municipalidade nos projetos. 

Quem chega ao distrito, já famoso pelo Museu das Reduções, se impressiona agora com a Casa Setecentista, dona de paredão de pedras irregulares e sobrepostas, de uma jabuticabeira-guardiã, gramado bem tratado e uma placa, na entrada, revelando a importância dela na história de Ouro Preto, cidade patrimônio da humanidade.
 
Conforme os estudos, o local servia de hospedaria para os primeiros desbravadores da região das minas de ouro, que podiam passar a noite, preparar os alimentos ou simplesmente dar uma descansada depois das longas caminhadas mato adentro.