Empossada na manhã dessa segunda-feira (4/7), Eliane Parreiras, nova secretária municipal de Cultura (SMC), afirmou que manterá toda a programação para 2022 criada pela gestão anterior. “É muito importante esta reafirmação tanto de eventos quanto de fomento, que seguem como planejados”, disse ela em entrevista ao Estado de Minas.
Sua antecessora, Fabíola Moulin, vinha acumulando os cargos de secretária e presidente da Fundação Municipal de Cultura (FMC). Agora, serão duas profissionais a ocupar esses postos. Eliane vai trabalhar lado a lado com Luciana Féres, que também nesta segunda-feira assumiu a presidência da FMC.
“Primeiro, temos que reconhecer e respeitar o legado e todas as conquistas que foram construídas. Estamos no momento de reorganização e estruturação dos dois espaços que estão trabalhando de maneira absolutamente integrada. A Fundação é vinculada à secretaria, tanto que alguns serviços e áreas são compartilhados. A secretaria fica mais ligada às políticas públicas e a Fundação, à execução, mas são vários os pontos de convergência”, disse.
Para 2022, a SMC conta com um orçamento de R$ 55 milhões, valor para investimento e custeio dos espaços da administração municipal (o que não inclui a folha de pagamento). “Houve um aumento relativo ao fomento, que vai fechar em R$ 27 milhões. O Fundo ficará com R$ 12 milhões, e a lei de incentivo teve um aumento de 7%”, afirma a nova secretária.
Mergulho
Acabando de chegar na nova “casa”, Eliane diz que não pretende fazer nenhuma ruptura na equipe. “Estou no momento do mergulho para entender a estrutura, os processos. Claro que existe a natureza de adequação interna dentro da equipe, mas a ideia é potencializar o que já estava sendo trabalhado.”
Ainda neste ano, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da SMC e da FMC, realiza três grandes eventos: o Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ), que começa em 3 de agosto; a Virada Cultural, em 3 e 4 de setembro; e o Festival Internacional de Teatro – Palco e Rua (FIT), no início de novembro.
Paralelamente, há ainda outras ações, como o Circuito Municipal de Cultural e o Descontorno Cultural. “A cidade está pulsando, e este momento é de muita escuta, tanto dos conselhos internos quanto da sociedade civil como um todo”, diz Eliane.
Ela tem muita experiência na gestão pública em nível estadual. Deixou na semana passada a presidência da Fundação Clóvis Salgado (posto que ocupava desde o início do governo Zema). Ocupou a mesma posição em um período anterior, entre 2009 e 2010; e foi secretária estadual da Cultura entre 2011 e 2014, na gestão Anastasia.
No âmbito municipal, tem uma passagem pelo Museu de Arte da Pampulha, entre 1997 e 1999, quando trabalhou ao lado de Priscila Freire.
“É importante falar que a cultura é um fenômeno local, que acontece na cidade. Então acho que é uma experiência interessante, uma virada de pensamento. Será a oportunidade de estar próxima da ponta das realizações dentro das políticas públicas. Um dos desafios é a descentralização dentro do município, e para tal preciso compreender todas as regionais”, afirma.
“É importante falar que a cultura é um fenômeno local, que acontece na cidade. Então acho que é uma experiência interessante, uma virada de pensamento. Será a oportunidade de estar próxima da ponta das realizações dentro das políticas públicas. Um dos desafios é a descentralização dentro do município, e para tal preciso compreender todas as regionais”, afirma.
Quando era secretária estadual, Eliane trabalhou ao lado do prefeito Fuad Noman (PSD), então responsável pela gestão de investimento. “Tenho profunda admiração pelo gestor, e minha motivação em integrar a equipe é pelo compromisso de potencializar a cultura, percebê-la como identidade e como fator de desenvolvimento econômico e humano. A prefeitura hoje quer potencializar a cidade como o lugar do encontro, da ocupação dos espaços públicos. E isso é muito importante agora, no momento da retomada das atividades presenciais.”
Eliane foi substituída na FCS por Sérgio Rodrigo Reis, que então ocupava a presidência da Empresa Mineira de Comunicação, responsável pela Rede Minas e Rádio Inconfidência. A mudança foi “intensa e rápida”, ela comentou.“Ao mesmo tempo, muito tranquila, pois eu estava no processo de prestação de contas do conselho curador da Fundação. Fizemos um balanço de gestão muito bem conduzido e a equipe está preparada para fazer uma transição serena”, afirma.