A 52ª edição do Festival Nacional da Canção (Fenac) já selecionou as músicas que concorrerão a cerca de R$ 200 mil, distribuídos em prêmios desde as etapas classificatórias ao troféu Lamartine Babo. São, ao todo, 100 músicas escolhidas de uma lista de quase 1.050 inscrições provenientes de 22 estados brasileiros e de outros cinco países.
"A ideia é diluir os R$ 200 mil em prêmios de forma que o maior número possível de compositores possa receber alguma coisa. Todos os 100 selecionados, assim que pisam no festival, já vão receber um prêmio de classificação, mas os maiores premiados serão em Boa Esperança"
Gleizer Naves, fundador do Fenac
As semifinais e a final ocorrerão em Boa Esperança, em 8, 9 e 10 de setembro, e contarão com 20 canções selecionadas em grupos de quatro de cada final de semana do festival. Dessas, 10 estarão na final, que dará ao 1º lugar um prêmio de R$ 20 mil.
De acordo com Gleizer Naves, idealizador e fundador do festival, a premiação ocorrerá desde a primeira etapa, em Perdões. “A ideia é diluir os R$ 200 mil em prêmios de forma que o maior número possível de compositores possa receber alguma coisa. Todos os 100 selecionados, assim que pisam no festival, já vão receber um prêmio de classificação, mas os maiores premiados serão em Boa Esperança”, afirma.
Festival
O Fenac foi fundado em 1971 e vem sendo realizado anualmente desde então. “Era fã dos antigos festivais da televisão brasileira e, quando eles acabaram, me senti como se tivessem me puxado o tapete”, confessa Gleizer Naves. “Na sequência, resolvi criar um festival para mim.”
A última edição 100% presencial foi em 2019. No ano passado, a final foi realizada em Passos para uma plateia reduzida a 100 pessoas devido ao protocolo sanitário imposto pela pandemia de COVID-19.
As músicas foram escolhidas por uma comissão de triagem auxiliada por professores e alunos do Conservatório de Música de Varginha. “Além de letra, música e interpretação, contamos muito a qualidade de vídeo e de áudio, já que as canções serão todas postadas em nosso site para que o público possa ouvir. É claro também que temos que buscar um grande intérprete”, diz Gleizer.
Inscrições
O festival abriu inscrições para a modalidade on-line, que contou com canções de artistas de cinco outros países. “O sistema on-line foi criado para que candidatos do exterior pudessem participar, mas mesmo as bandas brasileiras de muito longe já reclamavam de todo o deslocamento necessário para vir para cá, mas a modalidade on-line não pode passar de 10% das vagas”, explica o idealizador.
Sobre o retorno ao formato presencial, Gleizer comemora: “É uma grande emoção para nós e para uma centena de compositores que estão voltando a fazer um evento de 52 anos de forma presencial. Minha expectativa é sempre a mesma: o que vale é que o festival é uma janela. Quando fico sabendo de histórias de parcerias do Rio Grande do Sul com o Acre, me sinto realizado”.
* Estagiário sob a supervisão da subeditora Tetê Monteiro