Unindo arte à luta de minorias sociais, o hip-hop é o instrumento de batalha da cantora mineira Lua Zanella, que se apresenta no Festival Vamo! neste sábado (23/7), no Viaduto Santa Tereza. A entrada é gratuita e não é necessário a retirada de ingressos.
Em meio a rimas e ritmos pop, a artista fala de sua vivência como mulher trans nas suas músicas e no ambiente de batalhas de MC’s. Lua participou do podcast Divirta-se, do Estado de Minas, e falou sobre cultura, religião e hip-hop. A cantora também deu vários spoilers de projetos como um EP em conjunto com a Alana Fox, o "Travestichas".
A música está no sangue de Lua, que vem de uma família artística. Seu nome de trabalho é inspirado em um soneto que sua mãe fez. Ela queria ter uma filha e gostaria que ela se chamasse Lua, por isso a artista homenageou a matriarca quando revelou sua verdadeira identidade.
Lua já lançou um EP de trabalho, intitulado "Dama de Paus’" de 2021, e vários singles solo, como "Lendária", e parceria com outros artistas, como Takatá, Maty e Amnsuw. A artista transita em todos os gêneros musicais e consegue se adaptar em todos. Apesar de ter nascido do gospel e MPB, seus trabalhos de maior destaque são no funk, trap, hip-hop e pizero.
No sábado, Lua se apresentará com seu irmão uma música inédita, composta pela dupla sobre prostituição. A letra é uma crítica aos estigmas que cercam as trabalhadoras do sexo.