Com releituras instrumentais de clássicos do rock, Glaucio Cristelo se apresenta neste domingo (24/7), às 19h, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas. O projeto Piano Rock traz no repertório canções dos, entre outras bandas clássicas. O músico ganhou projeção ao se apresentar em quatro edições do Rock in Rio e três do Rock in Rio Lisboa, sempre na área VIP.
O pianista carioca adianta que já está confirmado para a edição 2022 do Rock in Rio, de 2 a 11 de setembro, no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. Além de pianista, Cristelo chama a atenção também pelo seu visual despojado e pela sua forma de se apresentar, calçando tênis All Star, barba por fazer, camisetas descoladas, cabelo despenteado e tocando piano em pé, diferentemente dos pianistas clássicos. Ele revela que suas influências passam pelas melodias de grupos britânicos, como o U2 e Coldplay, entre outros grupos do rock internacional.
Para este domingo, Cristelo avisa que incluiu no repertório clássicos como “Sweet child o mine” (Guns N’ Roses), “Clocks” (Coldplay), “Take on me” (A-Ha), “Love of my Life” (Queen), “Everlong” (Foo Fighters) e “Satisfaction” (Rolling Stones). O artista garante que será um show pra cima e promete colocar a galera pra cantar junto. “As músicas que já são bastante conhecidas, enfim quero fazer a plateia participar do início ao fim.”
"Tenho uma história com essa música ('Love of my life', do Queen), porque já toquei em sete edições do Rock in Rio. Sempre quando toco essa canção é uma unanimidade e todos cantam junto"
Glaucio Cristelo, pianista
Cristelo afirma que o repertório, que também passa por bandas famosas – Coldplay, Guns and Roses, Led Zeppelin, Red Hott Chilli Pepper e Pink Floyd –, é um ingrediente a mais. “São músicas muito conhecidas, então sempre peço para as pessoas cantarem junto. Na verdade, sempre falo que meus shows do projeto Piano Rock são com dois artistas. Um é o que está no palco que sou eu, e o outro é o público. Os dois têm que ter uma sinergia para fazer o show acontecer, pois o público depende de mim e eu dele.”
Segundo ele, a interação com a plateia é o objetivo principal do Piano Rock. “Ou seja, fazer com que as pessoas participem da apresentação, tendo como pano de frente uma música instrumental que, normalmente, não é tão difundida aqui no Brasil como a gente gostaria que fosse”, ressalta Cristelo. “As pessoas acabam ficando mais imersas no show, porque são canções que escutam no dia a dia e que também fazem parte da vida delas ou de momentos marcantes.”
Mas o músico afirma que a escolha do repertório também passa pelo seu gosto, com o tipo de música que gosta. “Vou testando nos shows e vendo o que funciona e o que não. Às vezes, têm músicas que são muito boas, mas quando se faz a transição para o piano, a parte da melodia não fica tão legal. Então, isso e uma forma de escolher qual canção tocar.”
Arranjos
Cristelo conta que pega determinada música que gosta e ele mesmo faz o arranjo. “Faço alguns loopings ao vivo, uso o sintetizador para fazer os solos, como se fosse substituir a guitarra, para dar uma sonoridade diferente, para não ficar também só naquela do piano. Vou agregando novos instrumentos nas músicas para enriquecer o show, mas são todos arranjos originais. Algumas bases já vêm prontas do estúdio, só que elas são complementadas no show ao vivo. Dependendo de como e qual show, às vezes, escolho uma música para tocar, mas resolvo colocar um beat mais para baixo. Eu controlo na hora, fazendo loopings e inserindo alguns instrumentos. Sampleei esses sons, justamente para no ao vivo fazer esses loopings também.”
O músico esclarece que o piano já faz o papel do baixo. “Então, o substituo o instrumento, usando a mão esquerda. Cheguei a essa sonoridade que me agrada muito, que tem dado certo. Quando comecei com esses shows do Piano Rock, era só com piano, mas depois senti a necessidade de colocar algo mais. E aí comecei a fazer os shows com uma banda. Chamei um baterista, um guitarrista e, de vez um quando, um quarteto de cordas para fazer ao vivo. Então, antes da pandemia, fazia os shows com essa formação: bateria, baixo, piano e quarteto de cordas.”
Turnê
Cristelo ressalta que a turnê do projeto Piano Rock começa em BH. “Vai ser o pontapé inicial. Ele já vem com uma roupagem nova de experiências que fiz durante a pandemia. Quando a pandemia começou a passar e as coisas começaram a voltar ao normal, passei a testar isso na rua para ver a reação do público, que foi superpositiva. Acabei não voltando mais a fazer shows com banda. A princípio, estou com essa formação 'one man band', vamos dizer assim e está dando supercerto.”
O músico revela que encontrou uma sonoridade que não é tão forte, pois alega que a bateria abafava um pouco o som do piano em algumas frequências. “Com a formação que tenho hoje, encontrei meio que o som ideal para o piano cantar bem. Esses shows terão várias músicas novas que a gente vai gravar em 4 de agosto, no Blue Note, em São Paulo. Filmaremos esse show e todos os outros serão feitos com músicas que ainda não foram lançadas nas plataformas digitais.”
Unanimidade
Cristelo adianta que uma das canções que não pode deixar de tocar é “Love of my life”, do Queen. “Tenho uma história com essa música, porque já toquei em sete edições do Rock in Rio, sendo quatro no Brasil e três Lisboa. Sempre quando toco essa canção é uma unanimidade e todos cantam junto. É uma música que tem uma história muito forte, quando o Queen fez um show no Rio de Janeiro, em 1985, no Rock in Rio, com toda aquela multidão cantando.”
“GLAUCIO CRISTELO – PIANO ROCK”
Show neste domingo (24/7), às 21h, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244 – Lourdes). Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada). Informações: 3516-1360