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Estado de Minas CINEMA

'Maratona de terror' é aprovada por público e fãs

Exibição em sequência de 15 filmes do gênero durante 30 horas nos jardins do Palácio das Artes e na sala Humberto Mauro é elogiada por quem foi ao evento


25/07/2022 04:00 - atualizado 25/07/2022 09:18

 
 Zé do Caixão no filme 'À meia-noite levarei sua alma'
Clássicos como "À meia-noite levarei sua alma" (1964), de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, estiveram na programação (foto: fcs/divulgação)
O Cine Humberto Mauro recebeu no final de semana a mostra "Maratona do terror", com filmes do gênero exibidos em sequência ao longo de 30 horas. A exibição teve início na tarde de sexta-feira (22/7) e chegou ao fim na noite de sábado (23/7). Parte dos filmes foi exibida no jardim interno do Palácio das Artes, onde foi instalado um telão para as sessões da noite e da madrugada, quando foram exibidos clássicos como "À meia-noite levarei sua alma" (1964), de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, e "Edward mãos de tesoura" (1990), de Tim Burton.

Entre os fãs do gênero estava o mestrando em direito Lucas Filardi, de 24 anos, que compareceu à mostra para assistir à exibição de "The rocky horror picture show" (1975), de Jim Sharman. O filme conta a história dos namorados Brad Majors (Barry Bostwick) e Janet Weiss (Susan Sarandon), que descobrem a mansão do cientista Dr. Frank-N-Furter (Tim Curry), um lugar cheio de personagens excêntricos.
 
"Eu já tinha assistido a esse filme em outras oportunidades, mas aproveitei mais essa. 'Rocky' é um clássico que não perde a graça. Trata-se de um filme insuperável, que nem mesmo o próprio diretor ou até mesmo Tim Burton poderia repetir", afirma Lucas.

Ele elogia a organização do evento e gostou da forma como o telão externo foi posicionado. "Ficou como se fosse uma espécie de cinema e isso colaborou muito para a atmosfera do evento. Também gostei que, no intervalo dos filmes, um DJ tocava músicas. Então, ficou uma mistura de cinema com boate", ele pontua.

Essa não foi a primeira vez que Lucas compareceu a um evento desse tipo. Em 2018, ele também esteve em uma das mostras do Cine Humberto Mauro realizadas durante a madrugada. Na deste ano, no entanto, ele observa que o público cresceu. "Estava bem mais cheio, mas acho que é efeito da pandemia. As pessoas estão bastante entusiasmadas com a volta dos eventos e estão querendo explorar essas iniciativas que acontecem pela cidade", avalia.

ANIMAÇÕES 

A analista fiscal Nubia Moreira, de 29, é um exemplo disso. Essa foi a primeira vez que ela esteve neste tipo de mostra e aproveitou para levar o filho, Augusto, de 10 anos. "Achei tudo muito lindo e bem-feito. Foi muito bom, ainda mais porque foram exibidos filmes do Tim Burton que eu gosto muito", ela diz.

Os dois assistiram às animações "Frankenweenie" (2012) e "O estranho mundo de Jack" (1993), este último com roteiro de Burton, mas dirigido por Henry Selick. "Ele (Augusto) nunca tinha visto esses filmes e ficou encantado, imitando os personagens. Hoje em dia, acho que eventos como esse são muito bem-vindos, ainda mais porque são gratuitos e adequados para as crianças. Eles nos ajudam a tirá-los das telas e dos videogames", pontua Nubia.

A artista Diu, de 26, acompanhou as projeções animadamente ao lado do namorado, Dede Santa Klaus, de 29. Ela contou que entrou em contato com o universo do terror por influência do irmão mais velho e se apaixonou pela obra de Burton quando assistiu ao filme "Edward mãos de tesoura" (1990). "É o mais famoso, não é?!", disse, embora levantando dúvidas sobre qual dos blockbusters do diretor impactou mais a cultura pop.
 
 
cena do filme 'Os fantasmas se divertem'
"Os fantasmas se divertem" (1988), filme no qual os espíritos são protagonistas, foi outro longa exibido
 
"Meu irmão sempre foi do meio do metal e me mostrou coisas mais obscuras", justificou, antes de dizer que as animações "A noiva cadáver" (2005) e "O estranho mundo de Jack"  (1993) – sendo este seu filme preferido – a encantaram pela estética, personagens fortes e histórias que fogem do clichê.

A designer de ambientes Ester Ferreira, que levou o namorado Paulo Henrique para um "programa diferente", também disse que gostou de ver a animação de 1993. O gosto por cinema e arte levou Ester a fazer cursos sobre filmagem, cenografia e figurino. "O cinema ao ar livre fica um ambiente legal", elogiou.

Elogios também repetidos pela artista Diu, principalmente sobre a montagem do espaço. Quando questionados sobre quantos filmes planejavam ver, todos os entrevistados responderam, quase como se tivesse combinado, "o máximo possível".

PRÓXIMAS SESSÕES 

Ao todo, a "Maratona do terror" exibiu 15 filmes, entre eles "Psicose" (1960), de Alfred Hitchcock; "Despertar dos mortos" (1978), de George A. Romero; e "A noiva de Frankenstein" (1935), de James Whale. A programação aconteceu em paralelo com a mostra "As origens de Tim Burton", que prossegue em cartaz até 4 agosto, com destaque para filmes dirigidos pelo cineasta até o início da década de 2010, com títulos voltados para o terror, a fábula e a fantasia.

A programação continua nesta terça (26/7), a partir das 15h, serão exibidos os filmes "A dupla de outro mundo" (1937), de Norman Z. McLeod; "Sweeney Todd: O barbeiro demoníaco da Rua Fleet" (2008) e "Batman: O retorno" (1992), ambos de Tim Burton; e "Batman, o homem-morcego" (1966), de Leslie H. Martinson. 


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