O Teatro Marília recebe nesta quinta-feira (28/07) uma experiência musical inovadora empreendida pelo grupo Amálgama. Desdobramento da performance 'Vulnerável', de 2017, 'Subterrâneo' mistura ritmos, gêneros, sons e sentidos em um processo de improviso a partir da palavra. Traduzir palavras em música, sem perder performance, foi um dos desafios da equipe. Harmonizar o ritmo da palavra à harmonia e arranjo da canção, idem.
Idealizador da proposta, Jawa conta que foi mais tranquilo do que imaginava convencer os demais integrantes do grupo a comprarem a ideia do projeto. Além dele na voz e composição, o Amálgama ainda conta com João Viana, no teclado, guitarra, sintetizador e arranjos; Sara Bittencourt, no violoncelo; Caule, na percussão acústica e eletrônica; Heitor Venturini, no baixo; e Lucas Godoy, na bateria.
"A partir das letras, a gente vai construindo as melodias, pensando muito no tempo das palavras. A gente não tem uma predefinição de estilo, de ritmo, isso vai da intenção do que queremos criar com aquela música"
Felipe Jawa, compositor e vocalista do Amálgama
Parceria
"Todo mundo fica meio surpreso com a liberdade que a gente tem feito dá para o trabalho musical de cada um. Acabou que todo mundo se interessou muito. É até emocionante, porque trabalho com música há algum tempo, já tive outras bandas e é a primeira vez que tem esse grau de comprometimento em fazer a coisa acontecer, de cada um entregar o que tem e todo mundo com o desejo de fazer esse trabalho o mais bonito possível."O espetáculo tem participação do artista Sidarta Riani, parceiro de longa data de Felipe Jawa, ainda na banda Senhor do Bonfim. O convite veio para a execução de uma música composta pelos dois.
“Ele sempre está comigo nesses momentos cruciais. A gente já cresceu juntos e ele topou estar nesse projeto também. No início, participou até mais ativamente, ajudando a construir arranjos... mas, como foi dar seguimento ao trabalho individual dele, acabou se afastando, mas com as portas abertas. Surgiu essa oportunidade, a gente chamou”, conta Jawa.
O vocalista destaca que o show será uma experiência intensa. Ele espera, por parte do público, surpresa e até deslumbramento em razão do deslocamento do comum causado pelo som do grupo, provocando inquietações e contradições.
Inquietações
"São músicas que pegam a pessoa pelo corpo. Elas vão passeando entre a calmaria e a inquietação. É quase uma loucura auditiva e visual, porque o espetáculo, justamente, transforma isso em performance e como esse espaço abriga a música. É uma música muito do ao vivo e do momento," finaliza.“SUBTERRÂNEO”
Show com o Grupo Amálgama, nesta quinta-feira (28/7), às 20h, no Teatro Marília (Avenida Professor Alfredo Balena, 586 – Santa Efigênia). Ingressos a R$ 30 (inteira), na bilheteria do teatro ou pelo www.diskingressos.com.br
*Estagiário sob a supervisão da subeditora Tetê Monteiro