Depois de lutar contra heróis poderosos através do tempo e espaço, os caçadores de alienígenas invisíveis da saga de filmes “O Predador” se encontram com um novo, ou melhor, velho inimigo: um guerreiro comanche do século 18.
Leia Mais
Estrela de 'Grease', Olivia Newton-John morre aos 73 anosJohn Travolta homenageia Olivia Newton-John: 'Seu Danny, Eu te amo'Cineasta Lars von Trier enfrenta o Mal de ParkinsonDecisão da Warner de 'matar' "Batgirl" surpreende HollywoodCinema autoral resiste ao 'massacre' de blockbusters e super-heróisSemelhanças entre 'Sandman' e Ana Maria Braga viram memesNeurocientista Sidarta Ribeiro defende o uso medicinal da maconhaDesde então, criaturas sanguinárias massacraram humanos nas selvas da América Central, em Los Angeles e em planetas distantes. Até mesmo enfrentaram os monstros da franquia “Alien” em dois filmes.
A última aventura se passa na América do Norte de 1719, onde o Predador segue o rastro de indígenas comanches, caçadores de peles franceses e búfalos.
O diretor Dan Trachtenberg declarou, durante apresentação do filme na Comic-Con de San Diego, que se sentiu inspirado porque “os nativos americanos, especialmente os comanches, muitas vezes foram relegados a interpretar o ajudante ou o vilão, e nunca o herói”.
Veja trailer de 'O Predador: A caçada':
Hollywood 'condenou' valentia dos comanches
Durante o século 19, os comanches entraram em confronto com europeus e outros povos nativos americanos nas planícies do sul do que hoje são os Estados Unidos, o que lhes rendeu uma reputação temível.
Historicamente, Hollywood os retratou como inimigos brutais, como no clássico faroeste “Rastros de ódio”, de John Ford.
Na nova atração, Amber Midthunder interpreta a heroína Naru, jovem que deve lutar duplamente: contra o sexismo dentro de sua tribo e contra o vilão.
A atriz elogiou a decisão do 20th Century Studios, propriedade da Disney, de apoiar um filme como este. “Não há apenas uma heroína de ação, mas uma heroína de ação indígena (…). É algo que não me lembro de ter visto”.
“O Predador: A caçada” foi filmado em inglês, francês e comanche, mas os atores indígenas regravaram seus diálogos para que o filme inteiro possa ser visto em comanche. Pela primeira vez um grande estúdio lança uma produção assim, informou a produtora Jhane Myers.
Amber Midthunder revela que o pensamento nos sets de filmagem era de “não decepcionar os comanches, em primeiro lugar, e os indígenas em geral”.
“Se isso funcionasse e conseguíssemos, que legal seria para nós poder assistir a um filme e nos sentirmos representados de maneira a nos orgulharmos”, revelou a atriz. “Isso não acontece com frequência”, completou.