Com programação que inclui shows pensados exclusivamente para a ocasião, a 6ª edição do festival MECAInhotim dá início, nesta sexta-feira (12/8), a uma maratona musical – e também de outras atividades – que se estende até o próximo domingo.
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Cleu Oliver, diretor criativo e de experiências da plataforma MECA, destaca que essa 6ª edição do festival em Inhotim chega embalada em expectativa, já que se trata de uma retomada após dois anos de paralisação, devido à pandemia. “O MECA tem como emblema ser um festival de encontro; são eles, os encontros, que fazem com que o evento tenha relevância, tanto que, durante a pandemia, sequer cogitamos de fazer num modelo remoto. Ele literalmente parou”, ressalta.
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Possibilidade do encontro
Oliver acredita em uma catarse coletiva nessa retomada, promovida por uma curadoria atenta. “Isso passa pelos headliners de peso; passa pela série de artistas que, possivelmente, muita gente ainda não conhece, mas se dispõe a conhecer, porque estão alinhados com uma proposta curatorial bem delineada; e passa, sobretudo, pela possibilidade do encontro que o festival propicia”, diz.
O desenho da programação, conforme aponta, foi orientado pelo desejo de oferecer ao público experiências exclusivas. Ele cita, como exemplo, a apresentação de Caetano, pensada para o MECAInhotim, e que chega na esteira da celebração do seu aniversário de 80 anos, comemorado no último dia 7. “Inhotim é o único lugar em que ele vai fazer esse show”, aponta. O cantor e compositor baiano faz seu bis no festival, já que em 2016 também esteve entre as atrações.
Cleu aponta que outra apresentação pensada exclusivamente para o MECAInhotim é a da banda goiana Boogarins, que fará um show calcado em releituras do disco “Clube da Esquina” e outras canções lançadas por Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes e Toninho Horta como artistas solo, ainda nos anos 1970. Ele destaca também a dupla Clara x Sofia, que fará no festival o primeiro show de lançamento oficial de seu recém-lançado álbum de estreia, “Nada disso é pra você”.
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Atividades diurnas
“Existe por trás da montagem da programação a lógica de fazer parecer um sonho. A saudade que veio no bojo da pandemia acaba, agora, em encontro, em música, em brinde”, diz, destacando, ainda, as atividades diurnas.
“É quando a gente bota os assuntos efervescentes na roda, olhando para coisas que as pessoas ainda vão começar a perceber com mais nitidez daqui a um tempo. Queremos levar para Inhotim discussões prementes, que, de certa forma, ainda são de nicho; nosso desejo é que virem assuntos de massa”, salienta.
Nessa seara, ele chama a atenção para a mesa que vai reunir Mariana Malufe (da Nude.), Isabel Santos (da WayCarbon/Amigo do clima) e Marcelo Rocha (do Instituto Aayka) para falar sobre compensação de emissão de carbono e transformação do futuro ambiental. Outra presença digna de nota, segundo Cleu, é a da empresária Bárbara Soalheiro, que vai falar com o público sobre o futuro do trabalho e mostrar por que algumas mudanças são urgentes, caso empresas e pessoas queiram se manter relevantes no mercado.
Responsabilidade ambiental
“Assinar a direção criativa de um MECAInhotim é certamente uma responsabilidade para além de pensar criativamente, porque é preciso cuidado para não modificar a sua estética, e sim potencializá-la. Também é preciso pensar a responsabilidade ambiental e, ainda, como tornar o festival um objeto de desejo das pessoas”, ressalta.
Durante os três dias do evento, o museu de arte contemporânea e jardim botânico situado em Brumadinho estará aberto para visitação daqueles que querem aproveitar para passar pelas obras de renomados artistas brasileiros e estrangeiros, num conjunto que integra arte, paisagismo, arquitetura e educação.
São 23 galerias distribuídas em 140 hectares de visitação para conhecer no Instituto Inhotim. No campo botânico, o público tem a oportunidade de conhecer espécies de todos os continentes, que integram uma coleção de cerca de 4,3 mil plantas – algumas delas raras e ameaçadas de extinção.
MECAINHOTIM 2022
• Nesta sexta-feira (12/8), a partir das 12h, no sábado (13/8) e no domingo (14/8), a partir das 10h, no Instituto Inhotim (rua B, nº 20, Brumadinho).
• Até a conclusão desta edição restavam os últimos passaportes para os três dias a R$ 990 (meia-entrada social) + taxa, e número limitado de ingressos avulsos para sexta-feira e domingo a R$ 290 (meia-entrada social) taxa. Eles estão à venda no site Ingresse, onde a programação completa pode ser conferida.
• Até a conclusão desta edição restavam os últimos passaportes para os três dias a R$ 990 (meia-entrada social) + taxa, e número limitado de ingressos avulsos para sexta-feira e domingo a R$ 290 (meia-entrada social) taxa. Eles estão à venda no site Ingresse, onde a programação completa pode ser conferida.