Jeb Pyre é o quarto personagem de cunho religioso que Andrew Garfield interpreta. Mas, diferentemente do soldado médico de “Até o último homem”, do padre de “Silêncio” (ambos os filmes são de 2016) e do pastor de “Os olhos de Tammy Faye” (2021), sua fé é colocada à prova como nunca na minissérie “Em nome do céu”, disponível no Star+.
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Mórmons
As Lafferty, família mórmon que era considerada os Kennedy de Utah, foram executadas pelos próprios cunhados e tios, que haviam sido excomungados da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Abraçaram o mormonismo radical, que pregava a poligamia e era contra o Estado.A minissérie é apresentada em três tempos. O tempo presente, da investigação; e dois do passado: da vida dos Lafferty antes e depois de se tornarem fundamentalistas e a do próprio Joseph Smith, o religioso que no século 19 fundou a religião mórmon, autodenominando-se “profeta de Deus”.
Ainda que o contexto aqui seja de uma série de true crime, a roupagem é diferente. Mais importante do que a solução do assassinato é ver a evolução dos personagens frente ao extremismo. E Garfield, cada vez mais distante do Homem-Aranha que lhe deu fama, demonstra com sutileza e dor o desespero de seu personagem, que coloca em xeque não só a sua igreja, mas tudo em que acreditou na vida.
“EM NOME DO CÉU”
• Minissérie em sete episódios disponível no Star