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Estado de Minas MÚSICA

Trio faz show em BH com versões instrumentais de canções de Gil e Caetano

Armandinho Macedo, Yacoce Simões e Marco Lobo tocam repertório dos compositores baianos neste sábado (20/8), no teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas


20/08/2022 04:00 - atualizado 20/08/2022 07:19

Os músicos Armandinho Macedo, Yacoce Simões e Marco Lobo se abraçam no palco
Canções de Caetano e Gil ganham versão com piano, bandolim e percussão do trio Yacoce Simões, Armandinho Macedo e Marco Lobo (foto: Felipe Oliveira/Divulgação)

Homenagear Gilberto Gil e Caetano Veloso, que completaram 80 anos neste 2022, é o que propõem os músicos baianos Armandinho Macedo (bandolim), Marco Lobo (percussão) e Yacoce Simões (piano) com o show “Retocando Gil e Caetano”, que apresentam neste sábado (20/8), em Belo Horizonte, no teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas.

O repertório traz clássicos como “Os mais Doces Bárbaros”, “Sampa” e “Menino Deus”, de Caetano e “Palco”, “A paz (Gil/João Donato)” e “Eu vim da Bahia”, de Gilberto Gil, entre outros. “A ideia de homenagear Gil e Caetano surgiu do nosso produtor João Falcão Neto, pois eles são referências para nós quatro. Compramos a ideia na hora e isso foi durante a pandemia”, conta Marco Lobo.

“Tivemos um primeiro encontro em Salvador, no estúdio do Yacoce, e usamos o seguinte critério para a escolha das músicas: cada um de nós elegeu 10 canções dos dois compositores, porque era tanta pérola que estava difícil fazer o repertório.”

As listas feitas pelos quatro foram então cruzadas para conferir o que havia em comum. Mas improvisos também ocorreram na definição do setlist. “Houve outras músicas que surgiram naturalmente durante os ensaios. De vez em quando, alguém dizia: ‘Tem essa aqui, poxa, gosto tanto dela, mas não a coloquei na lista’. Aí, todo mundo gostava e a canção acabava entrando para o repertório.”

Algumas das canções “remetem à relação de Armandinho com o grupo A Cor do Som e com Caetano, como ‘Menino Deus’”, comenta o percussionista. “Tem também uma homenagem que Caetano fez para o Armandinho, uma música que leva o nome dele e que fala sobre ele. Acontece que Armandinho nunca a tocou nos shows, pois dizia: ‘Eu não posso cantar uma música que fala de mim, fico sem graça’. Mas como o nosso show é instrumental, ele falou: ‘Ah, agora eu posso tocá-la’. A música é um frevo e é muito bonita, não poderia ficar de fora”.

Lobo comenta que “Eu vim da Bahia” e “Palco” “são músicas que foram muito importantes para nós, para os baianos, especificamente, que têm uma energia da Bahia muito bacana”. O projeto gerou também um álbum divulgado nas plataformas digitais e um DVD, ambos lançados pela Biscoito Fino. 

Celebração com o público

“Também fizemos o CD físico, que traz 11 faixas. Tem algo muito interessante durante o nosso show. Como as canções são superconhecidas e a gente faz uma música instrumental muito melódica, acaba que as pessoas cantam muito durante os shows”, afirma Lobo. “Acaba sendo uma celebração muito bonita.”

A turnê de “Retocando Gil e Caetano” começou pelo Rio de Janeiro. “Depois fomos para Santos, São Paulo, Brasília, agora Belo Horizonte e posteriormente seguiremos para Salvador, porque ainda não fizemos esse show lá”, diz o músico. Ele está particularmente animado com a passagem do show pela capital mineira. 

"Terra que amo. Tenho uma relação muito bacana com o mineiro. Lembro-me de que, quando tocava com Milton Nascimento, fazendo aquela turnê com o Gil, na hora em que eles me apresentavam, Gil dizia ‘Marquinho Lobo da Bahia’, e Milton dizia, ‘Mineiro’. Essa turnê rodou o mundo inteiro e foi realizada no início dos anos 2000.”

E para acabar com a discussão no palco, Lobo conta que a coisa ficou assim: o baiano de alma mineira. “Foram 11 anos tocando com Milton. Toquei também com Vander Lee, Maurício Tizumba e o grupo de dança Primeiro Ato, com quem tive o prazer de fazer várias coisas. Enfim, eu, Armandinho e Yacoce temos uma afinidade muito grande com a música mineira. Bahia e Minas têm uma relação muito especial.”

Ele tem outra apresentação agendada na capital mineira, para este domingo (21/8), a partir das 20h, na Casa Outono. “Lá, o show será com o Chico Amaral (sax), Enéias Xavier (baixo), Írio Júnior (teclados) e Léo Pires (bateria). Vamos tocar algumas músicas minhas e de outros compositores.”

O grupo se chama Marco Lobo Quinteto. “Tocaremos músicas dos meus três CDs e de um DVD e também composições que não poderíamos deixar de fora do repertório, como duas de Milton Nascimento, que são um passaporte para a felicidade. Preciso sempre ter uma música dele em meus shows, porque tenho a segurança de que, naquele momento, a gente vai conseguir ‘viajar’.”

“RETOCANDO GIL E CAETANO”

Show com o trio baiano Armandinho Macedo, Yacoce Simões e Marco Lobo, neste sábado (20/8), às 20h., no teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas Tênis Clube (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes). Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia) na bilheteria do teatro ou no site Eventim. Mais informações: 31.3516-1360







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