O lado oculto da Lua sempre foi alvo da curiosidade humana. O grupo mineiro A Outra Banda da Lua lança seu novo álbum de estúdio, "Entre a Terra e o Sol", inspirado justamente no momento em que o satélite se coloca entre o planeta e a estrela-mãe, sumindo de nossos olhos.
É também referência ao momento de inflexão depois que a cantora Marina Sena partiu para sua bem-sucedida carreira solo. Sem Marina, os integrantes da banda viveram momento de introspecção, longe das redes sociais, dispostos a reconfigurar conceitos técnicos e temáticos.
O quinteto virou sexteto e ressurge desta imersão ensimesmada com nova composição, o single
"3 fitinhas". André Oliva, Daniel Martins, Edssada e os dois Mateus (Sizilio e Bragança) recebem Davi Ramos, o Dau, na bateria. Gabriela Viegas e Danielle Dourado assumem os vocais durante os shows.
A 'gostosa aventura' sem Marina
Edson Lima, o Edssada, diz que assumir o posto de Marina Sena, mais que desafio, é uma gostosa aventura.
Ele já cantava algumas músicas e se aventurava na carreira solo, mas os colegas assumem a responsabilidade pela primeira vez.
"Traz a sensação nova, que move a gente, de experimentar algo novo", diz Edssada. Ele é o letrista por trás do primeiro single do novo álbum, cujos arranjos foram desenvolvidos coletivamente.
Produzido na ponte aérea BH-Montes Claros, "Entre a Terra e o Sol" é o terceiro trabalho de estúdio e segundo álbum completo da banda. Experimental, o disco trará inovações como o uso de mais sintetizadores, além de arranjos vocais, beats, novas colagens e texturas sonoras que flertam com sonoridades mais contemporâneas.
Com a coprodução de Leonardo Marques, o disco tem produção musical assinada por André Oliva e Matheus Bragança e masterização por Anderson Baiano, da Bunker Analog. Gravado na Casa Amarela, em Montes Claros, e na Ilha do Corvo, em Belo Horizonte, o disco será lançado em setembro.
"Esta primeira música é muito legal, mas virá muita coisa legal por aí. É um álbum muito diverso. A gente está sempre buscando a diversidade, ir para lugares sonoros onde a não tínhamos ido ainda. Novas possibilidades do som", explica Edssada.
Assim como ocorreu com Marina Sena, Rio e São Paulo são horizontes para o grupo de Montes Claros.O carinho com a colega continua. Nesta sexta-feira (26/8), eles dividem com a nova estrela do pop nacional o palco do festival UH! Retada, em Montes Claros.
* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria