Quando a primeira temporada de “Queer Eye” estreou na Netflix, em 2018, ficou claro que o reality show viria para ficar. A premissa – renovação da proposta do programa original de 2003 para novos tempos – e o carisma dos cinco apresentadores garantiram a regularidade da série e eventual expansão do formato para outras partes do mundo. Depois de chegar ao Japão e à Alemanha, “Queer Eye” desembarca no Brasil.
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'O debate', filme de Caio Blat, aposta na 'utopia' do diálogo nas eleiçõesCapitalista predador ou bandido, só dá Eriberto Leão na telinha e na telonaO veterano Ary Fontoura e o jovem Paulo Vieira agora são pets no cinemaCom olhar dos indígenas, "The territory" mostra drama das invasões de terraO formato foi revivido, atualizado e expandido, em 2018, pela Netflix. Os novos fab five conviveriam uma semana na companhia de uma pessoa (não mais necessariamente um homem hétero) passando por alguma dificuldade pessoal e a ajudariam a recuperar sua autoestima e reformar seu estilo de vida.
O sucesso da nova versão lhe rendeu o especial “Yass, Australia!”, no qual os apresentadores ajudam um fazendeiro australiano, e quatro episódios em solo japonês, coletivamente chamados “We’re in Japan”. A versão alemã do reality estreou na Netflix, em março de 2022.
Agora é a vez do Brasil: a primeira temporada da versão nacional estreou no catálogo da Netflix nessa quarta-feira (24/8) e traz cinco fabulosos brasileiros para promover verdadeiras revoluções nas vidas das "heroínas" e dos "heróis" de cada episódio.
“Queer Eye Brasil” promete trazer emoção para as famílias brasileiras. O foco do reality show é mostrar pessoas passando por dificuldades pessoais das mais diversas naturezas.
O episódio de estreia, “É sobre ver amor”, apresenta a história de um homem que perdeu a esposa para o câncer de mama e luta para criar os dois filhos pequenos sozinho. No segundo, “Xô, monstros!”, assessora de imprensa deixou de se cuidar após um complicado processo de divórcio.
OS FABULOSOS
Cada um dos cinco traz sua própria área de expertise para a missão
» Luca Scarpelli
O belo-horizontino está na parte da “cultura”. É publicitário, youtuber, influenciador, surfista, skatista, migrante, imigrante e ator. Viveu na capital mineira até os 16 anos, quando se mudou para São Paulo e, de lá, para Portugal. Luca, que começou sua transição de gênero em 2016, adianta: “Ser trans é uma parada que me atravessa diariamente, 24 horas por dia. Eu respiro trans. Mas em nenhum momento eu quero ser o guardião da causa. Isso seria resumir vivências que são muito complexas e plurais em uma pessoa só. Eu quero que as pessoas conheçam o Luca e, by the way, o Luca é trans. Essa é a ordem dos fatores”.
» Yohan Nicolas
Nascido no interior da França, mas apaixonado pelo Brasil, toma conta da "beleza". Estudou em uma escola para cabeleireiros em Clermont-Ferrand, passou dois anos em Lyon até chegar a Londres, onde trabalhou no prestigiado salão Vidal Sassoon.
» Guto Requena
O arquiteto assume o "design" tentando fugir de clichês. Graduado em arquitetura e urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP), onde também fez mestrado, recebeu diversos prêmios, deu palestras e expôs em mais de 20 países. Foi colunista do jornal Folha de São Paulo entre 2012 e 2015, além de apresentador do programa Nos Trinques, do GNT.
» Rica Benozzati
Com mais de duas décadas de carreira, fica com o “estilo”. O stylist e comunicador foi repórter e jurado de programas de televisão, apresentou um programa sobre sexo no Canal Futura, fez figurino para novelas e foi curador de uma exposição sobre Hebe Camargo. Atualmente, dedica-se à promoção da desconstrução da imagem superficial da moda.
» Fred Nicácio
Preto, médico, fisioterapeuta e carioca, Fred Nicácio é responsável pelo segmento “bem-estar”. O doutor também tem alguma experiência com vídeo em suas redes sociais, onde aborda assuntos como combate ao racismo, à lgbtfobia, além de saúde pública, especialmente da população negra.
QUEER EYE BRASIL
• Com Guto Requena, Yohan Nicolas, Rica Benozzati, Luca Scarpelli e Fred Nicácio. Seis episódios. Disponível para streaming na Netflix
* Estagiário sob supervisão de Álvaro Duarte