Ao longo do show, Pabllo chegou a levantar uma toalha estampada com o rosto de Lula. O público fez coro com a artista. “Olé, olé, olé, olá, Lula, Lula”, cantou a multidão em diversos mometos, fazendo o “L” com a mão. A exaltação a Lula era alternada com o grito de “Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*”.
Vale lembrar que em março, durante sua apresentação no Lollapalooza, ela também levantou a bandeira do ex-presidente. Na época, o Partido Liberal, de Bolsonaro, chegou a acionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por campanha política antecipada.
No entanto, agora que a campanha iniciou oficialmente os artistas já podem se manifestar. O que é vetado pela justiça eleitoral são os 'showmícios', quando o artista pede voto a determinado candidato.
Marina Sena, Emicida e Gloria Groove
Marina Sena, outra atração do festival, defendeu a necessidade de os artistas darem visibilidade aos grupos que representam. “Eu acho que o artista tem uma visibilidade, uma voz e ele representa os ideais daquele grupo que o consome. A galera que me consome é bem posicionada politicamente e eu sou do mesmo jeito, somos muito parecidos", disse à reportagem.
O público chegou a se manifestar em vários momentos do evento, principalmente contra o atual presidente. "É com essa energia que a gente pode construir um país melhor do que este que a gente tem hoje", declarou Emicida. Ao fim do show, ele se despediu: "Boa noite, é 'nois' e pau no c* do Bolsonaro".
Quem também fez questão de se pronunciar foi Gloria Groove, que tem sido enfática ao falar sobre as eleições. A cantora, inclusive, tem a música chamada "Vermelho", usada por grupos da esquerda para se referirem à cor do Partido dos Trabalhadores (PT). "Este ano vai dar 13", disse ela, se referindo ao número do candidato.