O violonista e cantor Zé Renato traz a Belo Horizonte sua homenagem a Paulinho da Viola. Convidado pelo projeto “Uma voz, um instrumento”, o artista apresenta as canções de seu álbum-tributo “O amor é um segredo”, nesta quinta-feira (1º/9), às 21h, no Centro Cultural Unimed-BH Minas.
“Paulinho é uma das minhas grandes referências. Continua atuante e importante no traçado atual da música brasileira. É um dos herdeiros naturais da linhagem de grandes compositores do samba, como Cartola e Nelson Sargento”, afirma Zé Renato, que já gravou tributos a Silvio Caldas, Zé Keti, Chico Buarque e Noel Rosa.
Surpresas no repertório
O cantor buscou canções de Paulinho que não fossem muito óbvias e nem presença garantida nas apresentações do homenageado. “Reuni algumas músicas que não são tão conhecidas de seu repertório. Escolhi as faixas ao reescutá-las, pois já não as ouvia há muito tempo, e montei minha playlist com elas.”
O disco traz nove composições de Paulinho da Viola, apelidado de “Príncipe do Samba”, rearranjadas por Zé Renato. Todas estarão no repertório em BH.
O violonista e cantor adianta que o show terá também as conhecidas “Foi um rio que passou em minha vida” e “Sei lá Mangueira”, além de canções de outros autores interpretadas por Paulinho, como “Meu pecado”, de Zé Keti.
O violonista e cantor adianta que o show terá também as conhecidas “Foi um rio que passou em minha vida” e “Sei lá Mangueira”, além de canções de outros autores interpretadas por Paulinho, como “Meu pecado”, de Zé Keti.
Gravado antes do início da pandemia, em 2019, “O amor é um segredo” foi produzido pelos irmãos pernambucanos Lula e Tostão Queiroga – esse último tocou as percussões. No show de amanhã, o cantor estará acompanhado pelo percussionista Paulino Dias.
O destaque do violão nos arranjos não é acidental. “É um disco feito a partir de voz e violão, que é o que vou apresentar em BH. Toco violão de forma muito intuitiva. Fui descobrindo os caminhos de harmonia e me direcionando para o resultado”, comenta Zé Renato.
Na opinião dele, um dos aspectos mais interessantes de seu álbum é a fotografia de capa, assinada por Juarez Ventura, que mostra um casal de idosos negros se beijando.
“A imagem não só traduz de forma muito clara o conteúdo do disco, como tem forte significado diante deste turbulento momento que estamos vivendo no país. Foi uma ideia brilhante do Lula (Queiroga)”, afirma Zé Renato.
“A imagem não só traduz de forma muito clara o conteúdo do disco, como tem forte significado diante deste turbulento momento que estamos vivendo no país. Foi uma ideia brilhante do Lula (Queiroga)”, afirma Zé Renato.
Tributo à tristeza
Como o próprio título sugere, as diversas formas de manifestação do amor são o tema principal do repertório. Zé Renato destaca o sofrimento como elemento marcante das situações amorosas.
“Os sambas que mais me comovem, me tocam mais profundamente, são os que têm certa tristeza, como os que coloquei no álbum”, afirma.
“Os sambas que mais me comovem, me tocam mais profundamente, são os que têm certa tristeza, como os que coloquei no álbum”, afirma.
O projeto “Uma voz, um instrumento”, dirigido pelo produtor cultural Pedrinho Alves Madeira, já trouxe à capital Angela Ro Ro, Arrigo Barnabé, Ana Cañas, João Donato, Zélia Duncan, Edson Cordeiro, Angela Maria, Teresa Cristina, Fafá de Belém, Ed Motta e Amelinha.
* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria
“UMA VOZ, UM INSTRUMENTO”
Zé Renato canta Paulinho da Viola. Nesta quinta-feira (1º/9), às 21h, no Centro Cultural Unimed-BH Minas. Rua da Bahia, 2.244, Lourdes. Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada). Informações: (31) 3516-1360.