Tudo recende a frescor e novidade na apresentação que Demi Lovato faz nesta sexta-feira (2/9), a partir das 20h30, na Esplanada do Mineirão, em Belo Horizonte. A turnê “Holy Fvck” mal acabou de pegar a estrada – chega ao Brasil menos de um mês após a estreia, em 13 de agosto, em Illinois (EUA). Recém-saído do forno, o disco homônimo foi lançado no último dia 19.
Demi vai cantar no Rock in Rio neste domingo (4/9), no mesmo palco de Justin Bieber, Iza e Jota Quest. Depois, segue para o Chile, Argentina e Colômbia, entre outros países, e volta aos EUA. As 32 datas rompem o hiato de quatro anos longe dos megashows.
Logo mais, o público verá a estrela completamente repaginada, agora em versão roqueira, diferente da cantora que veio a BH em 2012, com a turnê “A special night with Demi Lovato”, e em 2014, com a “Neon lights tour”.
Som pesado em Sampa
A estreia de “Holy Fvck” no Brasil ocorreu em São Paulo, na última terça-feira. Se o script for mantido no Mineirão, o público ouvirá repertório fortemente ancorado no novo trabalho, cujo cartão de visitas – o single “Skin of my teeth” – anunciou a estrada do rock pesado que Demi resolveu trilhar.
Na capital paulista, ela subiu ao palco vestindo macacão vermelho com detalhes cintilantes, empunhando a guitarra e acompanhada por banda de quatro mulheres.
A abertura foi com a energética faixa-título do novo álbum. Sem perder o pique, Demi emendou três faixas de “Holy Fvck”, reveladoras de sua já propalada admiração por bandas de heavy metal como Dimmu Borgir e He Is Legend.
A abertura foi com a energética faixa-título do novo álbum. Sem perder o pique, Demi emendou três faixas de “Holy Fvck”, reveladoras de sua já propalada admiração por bandas de heavy metal como Dimmu Borgir e He Is Legend.
Depois de “Freak”, “Substance” e “Eat me”, faixas do novo disco, ela visitou o passado com “Confident”, “Here we go again” e “Remember december”. As canções ganharam novos arranjos, alinhados com a estética que Demi abraçou – e com muita propriedade, conforme apontaram críticas publicadas após a apresentação.
Com “The art of starting over”, a cantora fez o único aceno ao disco anterior, “Dancing with the devil”. Em seguida, veio “4 Ever 4 Me” em medley com “Iris”, do Goo Goo Dolls.
O hit “Sorry not sorry”, com arranjo de guitarras distorcidas e batidas vigorosas, iniciou a série de dobradinhas entre músicas mais conhecidas, como “Skyscraper” e “Heart attack”, e as faixas do novo projeto.
O hit “Sorry not sorry”, com arranjo de guitarras distorcidas e batidas vigorosas, iniciou a série de dobradinhas entre músicas mais conhecidas, como “Skyscraper” e “Heart attack”, e as faixas do novo projeto.
O sucesso “Cool for the summer” ganhou nova roupagem para encerrar o espetáculo. Foram 19 canções, recebidas calorosamente pelos fãs – legião fiel o suficiente para abraçar a nova opção estética da cantora.
Recentemente, Demi chegou a anunciar no Instagram o “funeral” da veia pop que marcou sua carreira desde os 15 anos, quando chamou a atenção em “Camp rock” (2008), filme da Disney que protagonizou ao lado dos Jonas Brothers.
Drogas, Disney e estupro
Nem tudo foram flores na vida da estrela americana, de 30 anos. Em 2021, o lançamento de “Dancing with the devil” foi acompanhado do documentário homônimo que aborda momentos difíceis para ela, como envolvimento com drogas, overdose e o estupro sofrido na adolescência, quando fazia parte do elenco da Disney.
Demi também revelou aos fãs que se identifica como não binária, ou seja, não se percebe como pertencente ao gênero masculino ou feminino. Pediu que pronomes neutros utilizados para se referir a ela fossem “they” ou “them”.
Recentemente, reconsiderou. E avisou, no Instagram, que aceita ser tratada com pronomes femininos. O argumento para a mudança de postura é o fato de se considerar uma pessoa “fluída”.
HOLY FVCK
Show de Demi Lovato. Nesta sexta-feira (2/9), às 21h30, na Esplanada do Mineirão (Avenida Presidente Carlos Luz, s/nº, Pampulha). Abertura dos portões: 17h30. Classificação etária: 16 anos. Menores de 8 a 15 anos devem estar acompanhados de responsável legal. Inteira: R$ 425,40 (pista) e R$ 745,50 (pista premium). Pacote VIP: R$ 2.180,50.
O Rio vai tremer nesta noite do metal
Criado em 1985 pelo empresário Roberto Medina, o Rock in Rio foi se tornando mais e mais eclético a cada edição. Em 2022, não será diferente, mas a abertura, nesta sexta-feira (2/9), faz jus ao nome de batismo. Ícone do heavy metal, a britânica Iron Maiden será a estrela do Palco Mundo – a vitrine principal do evento.
É a quinta participação do grupo no Rock in Rio. A banda de Bruce Dickinson veio pela primeira vez ao Brasil como convidada do Queen, na abertura da primeira edição do festival. Voltou para show solo em 2001, com a “Brave new world tour”, apresentação que deu origem ao DVD que liderou as listas de mais vendidos em todo o mundo.
Em 2013, o grupo trouxe ao país a “Maiden England tour” – os 100 mil ingressos se esgotaram em poucas horas, fato que se repetiu em 2019, quando o grupo chegou ao país a bordo da “Legacy of the beast tour”.
Pautada pelo rock pesado, a noite de hoje no Rock in Rio também terá, no Palco Mundo, Dream Theater, Gojira e Sepultura com a Orquestra Sinfônica Brasileira. Neste primeiro fim de semana, o espaço vai receber Post Malone, Marshmello, Jason Derulo e Alok, amanhã; Justin Bieber, Demi Lovato, Iza e Jota Quest, no domingo.
Black Pantera, de Uberaba, na pista
No Palco Sunset, a tônica são os encontros. Nesta sexta, os norte-americanos do Living Colour recebem o guitarrista Steve Vai. A banda Black Pantera, mineira de Uberaba, recebe os pernambucanos do Devotos.
Além de outras colaborações – Criolo com Mayra Andrade, amanhã; Emicida com Drik Barbosa, Rael e Priscilla Alcântara, Luísa Sonza com Marina Sena, no domingo –, o Palco Sunset receberá shows de Gilberto Gil, Racionais e, na próxima semana (8 a 11/9), Ceelo Green, Maria Rita e Ludmilla.
Elza Soares vai ganhar homenagem no Sunset em 11 de setembro, em show que reunirá Mart'nália, Gaby Amarantos, Majur, Agnes Nunes, Caio Prado e Larissa Luz.
Esta edição do megafestival receberá 670 artistas e 250 shows, prometendo 500 horas de música a cerca de 700 mil pessoas. A organização estima gerar R$ 1,7 bilhão, além de 28 mil empregos. Desta vez, 60% do público, que esgotou os ingressos, é de fora do Rio de Janeiro.
ROCK IN RIO
• Dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11/9. Parque Olímpico, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ingressos esgotados
• Transmissão no Multishow para não assinantes nesta sexta (2/9), a partir das 14h30. Nos outros dias do festival, a partir das 15h
• A TV Globo exibirá o compilado dos melhores momentos em 3/9 e 10/9, após “Altas horas”; 4/9 e 11/9, após “Vai que cola”; 8/9 e 9/9, depois de “Conversa com Bial”