O cantor e compositor mineiro Celso Adolfo comemora seus 70 anos, completados nesta sexta-feira (9/9), no projeto Sempre um Papo, que será realizado às 19h30, no Auditório da Cemig, em Belo Horizonte. Também participará da noite especial o violonista Juarez Moreira, parceiro do aniversariante nas canções “Depois do amor” e “Caminho velho”. A dupla vai conversar com o jornalista Afonso Borges.
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Abertura com "Coração brasileiro"
O início da festa terá “Coração brasileiro”, faixa do disco de estreia de Celso, lançado em 1983 e produzido por Milton Nascimento. “Vou dar boa-noite à plateia e canto a música. Depois é que começa a nossa conversa. Aí vou cantando e falando sobre cada música.”
Durante o bate-papo, ele vai explicar seu processo de trabalho. “Às vezes, as pessoas não sabem que determinadas canções exigem outro tipo violão ou outros acompanhamentos. Isso acaba dando confusão”, comenta. “Cada disco é de uma época e, entre um álbum e outro, se gasta certo tempo. Para se fazer um disco, o artista sempre acaba gastando uma época da sua vida”, diz.
No álbum “Coração brasileiro”, Milton Nascimento, além de produtor, cantou com Celso a música “Cão vadio”. Todos os discos do mineiro foram produzidos de forma independente. “Não tive distribuição de gravadoras tradicionais. Então, passei a tocar o barco por minha conta mesmo. Agora é a vez de ‘Pratiano’, totalmente autoral.”
Feliz com o novo projeto, Celso revela que a percussão do álbum é do baiano Marco Lobo. “Jorge Continentino fez sopros em várias faixas. Christiano Caldas e o Thiago Delegado, junto comigo, são arranjadores. Chris toca piano e Thiago violão de sete cordas”, informa.
O trabalho vem sendo gravado no estúdio Stereoutono, de Marcelinho Guerra, e no Studio 71, de Christiano Caldas. Outros músicos gravaram fora de BH, como foi o caso do Jorge Continentino, que gravou no estúdio dele no Rio de Janeiro.
Seu Antônio, maestro da Euterpe Lagoana
Celso Adolfo revela que o título “Pratiano” remete a fotos antigas que o emocionam. Uma delas, da banda de música Euterpe Lagoana, de Nova Era, mostra o avô dele, Antônio Gonçalves Dias, com o trompete na mão, regendo o saxofonista Zequito, que viria a se casar com Daíca, mãe de Celso.
Na outra, o menino trajando paletó, camisa branca, calça curta e sapato envernizado é o próprio Celso Adolfo, “certo de que o mundo era uma ilha cercada das empadinhas, guaranás, doces, coreto e música”, como ele diz.
SEMPRE UM PAPO
Com Celso Adolfo. Convidado: Juarez Moreira. Nesta sexta-feira (9/9), às 19h30. Auditório da Cemig, Avenida Barbacena, 1.200, Santo Agostinho. Entrada franca.