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Estado de Minas MÚSICA

Com Axl-Slash-Duff, Guns N' Roses desembarca nesta terça em BH

Banda retorna amanhã (13/9) a BH após oito anos, mas será a primeira vez do grupo na capital mineira com Axl Rose, Slash e Duff McKagan dividindo o palco


12/09/2022 04:00 - atualizado 12/09/2022 07:32

banda Guns N' Roses
No show desta terça (13/9) no Mineirão, Guns N' Roses levará para o palco clássicos 'trintões' e novidades no repertório (foto: JL Rosa/TheNews2/Folhapress)

"Percebo que não aparentam sentir a idade, pois o show da banda continua com a mesma pegada de 2017 (em São Paulo). (Os integrantes) são inteligentes, fazem uso de 'atalhos'... como solos de guitarra ou uma música mais lenta para descansar. Então, conseguem levar três horas de show numa boa"

Leandro Nogueira Coppi, crítico musical



Nem tudo eram flores (ou rosas) para o Guns N’ Roses em seu auge. A fama e as cifras obtidas por álbuns do quilate de “Appetite for destruction” (1987), “G N'R lies” (1988) e dos gêmeos “Use your illusion I e II” (1991) eram acompanhadas por brigas internas que culminaram em tantas rupturas em sua formação que do line-up original somente Axl Rose permaneceu na banda norte-americana em meados dos anos 1990. Cerca de duas décadas depois – e muita troca de ‘tiros’ por meio da imprensa entre o vocalista e ex-integrantes –, antigos laços foram reatados, e o anúncio do retorno do guitarrista Slash e do baixista Duff McKagan, em 2016, causou frisson aos fãs do grupo. Enfim, chegou o momento de o trio pisar, pela primeira vez, no mesmo palco em Belo Horizonte, nesta terça-feira (13/9), no Mineirão, com início do show marcado para as 21h.

O grupo já havia se apresentado na capital mineira em 2010, no Mineirinho, e em 2014, no festival Planeta Brasil, na Esplanada do Mineirão, e retorna para a perna brasileira da turnê "Guns N’ Roses are F' N' back!", que já passou por Manaus (1º/9), Recife (4/9), Rio de Janeiro (8/9, na quinta participação do conjunto na história do Rock in Rio) e Goiânia (11/9). Ainda terá pela frente Ribeirão Preto (16/9), Florianópolis (18/9), Curitiba (21/9), São Paulo (24/9) e Porto Alegre (26/9).

O QUE ESPERAR DO SHOW? 

O atrativo mais óbvio para o show em Belo Horizonte é a chance de ver de perto pela primeira vez Axl, Duff e Slash juntos em ação. Mas o restante da banda também merece atenção: completam a formação os tecladistas Dizzy Reed, integrante do grupo de hard rock desde 1990, e Melissa Reese, o guitarrista Richard Fortus e o baterista Frank Ferrer.

Jornalista e crítico musical da revista Roadie Crew, publicação especializada em classic rock e heavy metal, Leandro Nogueira Coppi acompanhou in loco aos concertos de 2016 e 2017, em São Paulo, e tem assistido aos vídeos recentes de apresentações do grupo. Por aquilo que tem visto, os fãs em BH podem esperar um show à altura do nome Guns N’ Roses no quesito “energia”.

“Para muita gente, será primeira vez ver o Guns. Já são cinco anos desde a última ocasião em que a banda veio ao Brasil, e o setlist teve algumas alterações de lá pra cá. Já a performance não mudou tanto. Percebo que não aparentam sentir a idade, pois o show da banda continua com a mesma pegada de 2017 (em São Paulo). (Os integrantes) são inteligentes, fazem uso de ‘atalhos’; algumas partes do show são aquelas ‘firulas’, como solos de guitarra ou uma música mais lenta para descansarem. Então, conseguem levar três horas de show numa boa”, comenta.

Contudo, faz uma ressalva: "O único problema é a voz de Axl, que vem passando por problemas, como ficou evidente no show desta quinta no Rock in Rio. Fato é que ele contratou recentemente um técnico vocal". O vocalista, aliás, se desculpou ao público brasileiro pelas falhas apresentadas em suas performances.

CLÁSSICOS E NOVIDADES 

Com relação ao repertório, Coppi não crava; no entanto, acredita que alguma surpresa possa emergir no Mineirão, assim como se deu em Recife. “Por exemplo, o primeiro show em Manaus não teve ‘Reckless life’, e em Recife eles a incluíram no setlist. Uma música que não haviam tocado nas outras vezes em que lhes assisti”, ressalta.

A base do set, no entanto, compreende músicas do debute, “Appetite for destruction”, e dos dois “Illusion”, mas também haverá espaço para alguns atos do contestado “Chinese democracy” (2008). “Alguns fãs torcem o nariz para esse disco (‘Chinese’), enquanto outros até ‘pegaram bem’ com ele. De qualquer forma, não é um álbum esquecido nos shows, embora não haja um exagero de músicas dele no repertório, apenas duas, a faixa-título e ‘Better’”, diz.

A banda também acrescentou ao concerto duas canções disponibilizadas nas plataformas digitais em 2021 – “ABSURD” e “Hard skool”, que, inclusive, foram executadas na sequência nos primeiros shows do atual giro pelo Brasil. “Muitos torceram o nariz para ‘ABSURD’, mas terão a oportunidade de ver algo novo do set desta vez, mesmo não gostando da música. E, para muitos, é melhor ver algo inédito do que uma música manjada, que está sempre no repertório”, comenta Coppi.

FÃS ANSIOSOS

 Jefferson Gonçalves tinha 13 anos quando viu na televisão “um pedaço do clipe de ‘Sweet child O’ mine”. Desde então, quis conhecer tudo que estivesse ligado ao Guns N’ Roses. A admiração chegou ao ponto de montar uma banda cover, batizada de Locomotive (nome de uma canção do grupo presente em ‘Use your illusion II’).

Figurinha tarimbada em shows do Guns no país, Jeff se diz ansioso para ver novamente seus ídolos de perto. “Estou esperando muita energia, algo que a banda carrega desde os anos 1980, mesmo depois de o Slash e o Duff terem saído e também após o retorno deles, em 2016. Empolgação total! Espero ouvir algumas novidades também, mas ciente de que o Guns não muda muito o padrão. Porém, vai ser demais”, afirma ele, que procura sempre se “atualizar” quando presta tributo aos norte-americanos em casas de shows e pubs.

“Preciso fazer o drive, aquela coisa rasgada, em mais de 90% das músicas. Tenho estudado bastante e aprendido cada vez mais. Quanto ao visual, visto roupas como o Axl e fiz as tatuagens que ele tem. Não para ser cover, mas já era algo que eu achava fantástico e curtia. Agora, veio  agregar para o Locomotive”, relata.

TRINTÕES 

Mais da metade dos álbuns do Guns já ultrapassou os 30 anos: “Appetite for destruction” (35 anos), “Lies” (completa 34 em novembro) e “Illusion I” e “II” (chega a 31 ainda neste mês). "The spaghetti lncident?" vai soprar 30 velinhas em 2023, e “Chinese democracy” é o “caçula” (terá 14 anos em novembro próximo).

Há quem diga que “Appetite” é o melhor disco de estreia de uma banda hard rock dos anos 1980, graças a músicas como “Welcome to the jungle”, “Sweet child O’ mine” e “Paradise city”. Jefferson Gomes é um dos que corroboram com essa tese. “É um disco que, quando colocam para tocar, não se troca de música, escuta-se da primeira à última sem pular. Mesmo depois de 35 anos, quase minha idade, ainda soa muito atual. Disco de cabeceira mesmo. O Locomotive pensa em fazer um especial, de tocar esse álbum na íntegra, de tão importante que é para mim e para 100% dos fãs de Guns (risos)”, diz

Leandro Coppi concorda. Mas faz questão de exaltar também os dois “Illusion”. “O Guns lançou o ‘Illusion’ em duas partes, no mesmo dia. E quem saía para comprar, comprava os dois. Trabalhei com o Sandro, que foi funcionário da Woodstock (tradicional loja de discos de São Paulo). Ele me contou que os dois ‘Illusion’ foram os discos de maior venda da história da loja. O Walcir (Chalas, proprietário) pedia não sei quantas mil cópias do disco, e elas se esgotaram em poucas horas. Tinha fila de gente do lado de fora da loja, desde a madrugada, esperando abrir para comprar os discos. Não sobrou uma cópia de uma das duas partes”, conta.

Agora, só falta chegar o dia e a hora para os fãs mineiros conferirem no “quintal de casa” a muitos desses clássicos “trintões” e a tríade Axl-Slash-Duff.

Polêmica em Manaus

Em 29 de agosto, uma funcionária do Hotel Juma Ópera, onde a banda estava hospedada antes do show em Manaus, foi demitida após gravar um vídeo de Axl no local e divulgar as imagens nas redes sociais.

“GUNS N’ Roses ARE F' N' BACK!”
Show do Guns N’ Roses. Nesta terça-feira (13/9), às 21h, no Mineirão (Avenida Antônio Abrahão Caram, 1.001 – São José). Abertura dos portões: 17h. Inteira: R$ 410 (pista, 3º lote) e R$ 310 (cadeira superior, 4º lote). Meia: R$ 205 (pista, 3º lote) e R$ 155 (cadeira superior, 4º lote)
 




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