'Antes de morrer, as pessoas querem saber se elas se deram bem. Tentei falar isso para a minha mãe, mas talvez não tenha sido o suficiente (...) Às vezes você coloca na música algo que não teve oportunidade de expressar'
Björk, cantora e compositora
Washington – Björk desceu do céu e pousou na terra. A cantora islandesa cavoucou um buraco aconchegante, aninhou-se dentro dele e escreveu seu novo álbum, “Fossora”, que lança na sexta-feira (30/9).
No Brasil em novembro
A cantora, que vem ao Brasil em novembro como headliner do festival Primavera Sound, busca imagens para falar de sons. Vai escavando montanhas e lapidando metáforas certeiras. “Fossora” soa mesmo como estar com o pé no chão, sentindo a terra úmida entre os dedos. O título evoca seu significado – é o feminino do latim fossore, aquele que escava.
Peso e leveza
“Fossora” tem essa coisa de estar externo ao tempo, de ser maduro e ao mesmo tempo inocente. O disco mescla faixas leves, como “Atopos”, com outras duríssimas, como “Ancestress”. “Muitas das canções são calmas nos primeiros três ou quatro minutos e, de repente, no último minuto, você se levanta e dança, e depois se senta de novo”, explica.'Em todos os meus álbuns eu sempre tento voltar à escola de música. Sempre tento aprender ao menos um software novo, fazer algo que nunca fiz. Todos somos estudantes. Sábios e estúpidos. Não tem a ver com a idade'
Björk, cantora e compositora
Tarô na capa
'Uma das razões pelas quais tenho afinidade com o Brasil é porque consigo ouvir a natureza nos sons, que são ao mesmo tempo modernos e relevantes. São músicas que você pode dançar, mas as letras são alta poesia'
Björk, cantora e compositora