Jornal Estado de Minas

MÚSICA

Orquestra Mineira de Rock faz jornada dupla no Palácio das Artes

 

Depois de se apresentar em várias cidades brasileiras, a Orquestra Mineira de Rock apresentará dois espetáculos no Grande Teatro do Palácio das Artes, no fim de semana. Nesta sexta-feira (30/9), faz o show “Clássicos”. No sábado (1º/10) à noite, leva para o palco o cancioneiro dos Beatles.





O instrumentista e cantor Renato Savassi explica que “Clássicos” é a expressão do ecletismo do grupo. “Nosso repertório tem música clássica, MPB, Clube da Esquina e, claro, rock. É para quem gosta de música de uma forma geral, independentemente de estilos.”


A Orquestra Mineira de Rock aposta no diálogo de Led Zeppelin e Supertramp com Beethoven, Bach e Carl Off, passando por Queen e Yes.


“Quando demos o nome ‘Clássicos’ ao espetáculo, é no sentido de valorizar canções que ficaram marcadas, eternizadas tanto no rock quanto na música erudita e na música brasileira”, explica Savassi. “Porém, em todos esses estilos, a gente traz uma linguagem rock and roll.”

Do Led a Mozart

O show desta sexta-feira terá Led Zeppelin, Supertramp, Queen e Raul Seixas, além de Beethoven e trechos de peças de Mozart, informa o cantor e instrumentista.

A orquestra reúne 13 músicos das bandas Somba, Cartoon e Cálix. Verdadeira parafernália está no palco: duas baterias, percussão, dois contrabaixos, quatro guitarras, dois teclados, violões, bandolim, flauta, cello, esraj e marimba de vidro, além de oito vozes.





O grupo é formado por Renato Savassi, Sânzio Brandão, Marcelo Cioglia, Rufino Silvério, André Godoy, Khadhu Capanema, Khykho Garcia, Raphael Rocha, Bhydhu Capanema, Guilherme Castro, André Mola, Avelar Jr. e Léo Dias.

 

 


Em “Beatles”, a orquestra mineira explora tanto o repertório do início da carreira dos quatro cabeludos de Liverpool quanto o cancioneiro mais sofisticado deles. "Primeiro vem aquela parte mais ligada ao rock and roll, depois a fase mais elaborada, dos arranjos orquestrados, a fase psicodélica", comenta Savassi.


“A gente varre a história dos Beatles, pegamos toda a trajetória deles. Tocamos músicas bem conhecidas e outras diferentes, das quais os beatlemaníacos gostam muito, porque é difícil ver alguém tocando essas canções ao vivo por aí.”






A partir da metade da carreira da banda inglesa, John, George, Paul e Ringo passaram a explorar instrumentos diferentes, apostando em arranjos elaborados e orquestrações, observa Savassi. “Como somos 13 músicos no palco, conseguimos reproduzir os arranjos de maneira bem fiel, aproximada da original”, conta.

Tambores para os Beatles

Mas não se trata de show cover. A Orquestra Mineira de Rock criou os próprios arranjos para hits dos Fab Four. É o caso de “Come together”, por exemplo. “Usamos tambores, um instrumento aborígene chamado didgeridoo, demos a ela clima tribal. Ficou bem diferente, inclusive é uma das músicas que mais mexe com o público”, conta o instrumentista e cantor.

Savassi diz que os espetáculos deste fim de semana podem ser os últimos do grupo em BH neste ano, pois a agenda tem shows em várias cidades. Mas a orquestra vem mandando gravações de suas apresentações para o YouTube.





“Estamos pensando se vamos para o estúdio gravar disco ou se lançaremos um ao vivo. O próximo passo tende a ser lançar algo e disponibilizar para o público. No YouTube, tem muita coisa nossa, mas ainda não fizemos lançamento nas plataformas de música. Isso já está nos planos”, revela Renato Savassi.

ORQUESTRA MINEIRA DE ROCK

Nesta sexta-feira (30/9), às 21h, show “Clássicos”. Sábado (1º/10), às 21h, show “Beatles”. Grande Teatro do Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro. Inteira/1º e 2º lotes: R$ 120 e R$ 140 (plateia 1), R$ 100 e R$ 120 (plateia 2) e R$ 80 e R$ 100 (plateia superior). Meia-entrada na forma da lei. Informações: (31) 3236-7400.