Jornal Estado de Minas

LITERATURA

Ruy Castro é eleito imortal pela Academia Brasileira de Letras

Agência Brasil
 

A Academia Brasileira de Letras (ABL) elegeu, nesta quinta-feira (6/10), em sessão no Petit Trianon, o jornalista e escritor mineiro Ruy Castro como o novo ocupante da cadeira 13 do quadro de membros efetivos. Participaram da eleição 35 acadêmicos de forma presencial ou por carta, dos quais 32 votaram em Ruy Castro. 





Nascido em Caratinga, o novo imortal começou sua trajetória profissional como repórter, em 1967, no Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, e desde então atuou em praticamente todos os grandes veículos da imprensa carioca e paulistana. 

A partir de 1990, concentrou-se na carreira de escritor e se tornou um dos mais renomados biógrafos do país. É autor de biografias de Carmen Miranda e Garrincha e de livros de reconstituição histórica sobre o samba-canção, a bossa nova, Ipanema e o Flamengo. Em 2022, recebeu o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras.

A cadeira estava vaga com o falecimento do acadêmico Sergio Paulo Rouanet, em 3 de julho último, aos 88 anos, vítima de síndrome de Parkinson avançada, no Rio de Janeiro. Respeitado filósofo com importantes publicações acerca do Iluminismo e de outros temas, Rouanet foi responsável pela criação da lei brasileira de incentivos fiscais à cultura, a chamada Lei Rouanet.

Sérgio Paulo Rouanet foi o oitavo ocupante da cadeira 13, eleito em 23 de abril de 1992, na sucessão de Francisco de Assis Barbosa, e foi recebido em 11 de setembro de 1992 pelo acadêmico Antonio Houaiss. Foi um dos grandes intelectuais do país. Destacou-se na carreira pública como cônsul na Alemanha e, como ministro da Cultura.

Os ocupantes anteriores da cadeira 13 foram Francisco de Assis Barbosa, Augusto Meyer, Hélio Lobo, Sousa Bandeira, Martins Júnior, Francisco de Castro, Visconde de Taunay e Francisco Otaviano.