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Estado de Minas MÚSICA

Jota Quest faz 'molécula' especial 'explodir' em encontro com a plateia

Efeito especial está previsto para o show que a banda faz neste sábado (8/10) em BH, como parte da turnê comemorativa de seus 25 anos


08/10/2022 07:55 - atualizado 08/10/2022 08:01

Vestidos com calças e camisas pretas, os cinco integrantes do Jota Quest posam para foto, uns ao lado dos outros
O grupo adiou as comemorações por seu quarto de século, completado em 2021, e o lançamento do novo disco em razão da pandemia (foto: Mauricio Nahas/Divulgação)

Mariana Peixoto
 
Uma banda com história, que se pretende manter em atividade por muitos anos, tem que olhar para o futuro e não só se apegar ao passado. É essa a intenção do Jota Quest com a turnê “Jota25”, que, desde julho, vem celebrando sua trajetória. Neste sábado (8/10), o show será apresentado no Expominas.

“Se você está em atividade, tem que arriscar e tudo o mais. Acho que tem que fazer um som que mantenha a garra e o tesão da estrada, para aguentar o batidão. Temos que ousar dentro de um padrão, pois há um limite. Não tem isso de fazer música mirando a molecada. Imagina, ‘o vovô querendo fazer música pra nós’”, afirma Rogério Flausino.

O vocalista do quinteto mineiro é o mais novo e foi o último integrante a entrar no grupo. Aos 50, Flausino, a despeito dos cabelos brancos, mantém o jeito de menino e o pique de palco, algo que fez do Jota, gostem ou não, uma das forças da música pop brasileira. 

E também uma das formações mais estáveis – são quase 30 anos, desde que o garoto de Alfenas entrou para uma banda recém-criada em BH que queria tocar black music. Flausino entrou no Jota, então J.Quest, no final de 1993. Oficialmente, a banda, que conta com PJ no baixo, Paulinho Fonseca na bateria, Márcio Buzelin nos teclados e Marco Túlio Lara na guitarra, considera como a data de seu início outubro de 1996, quando seu álbum de estreia, homônimo, foi lançado. 

Sendo assim, os 25 anos foram completados em 2021. A pandemia, como fez com tudo, atrasou os planos do grupo e somente agora a turnê comemorativa teve início. Ao longo da crise sanitária, foram vários adiamentos e cancelamentos. Ideias para comemorar o aniversário vieram de montão. 

''Se você está em atividade, tem que arriscar e tudo o mais. Acho que tem que fazer um som que mantenha a garra e o tesão da estrada, para aguentar o batidão. Temos que ousar dentro de um padrão, pois há um limite. Não tem isso de fazer música mirando a molecada. Imagina, 'o vovô querendo fazer música pra nós'''

Rogério Flausino, vocalista do Jota Quest


Formato inédito

Mas o formato, que Flausino diz ser inédito para a banda, só veio com a ajuda de uma “moçada massa que está trabalhando com a gente, gente jovem”. Os planos mudaram três vezes, até que o grupo percebeu que não poderia levar para o palco, no momento pós-pandemia, um show exclusivamente nostálgico.    

Ainda que a turnê já tenha sido apresentada em várias capitais e grandes cidades, o formato que será visto nesta noite, com a produção completa, só foi executado nos shows de São Paulo e Rio, conta Flausino, que explica como se dá a apresentação.

“Foi criado um fio condutor que mostra como existe uma química entre nós, já que somos os mesmos integrantes. Nesta história, descobriram que a única letra do alfabeto que não existe na tabela periódica é o j. Então, a galera (Rafael Conde é o diretor criativo da turnê, que tem roteiro de Eduardo Rios, produção audiovisual do Studio Curva e cenários de Zé Carratu) criou uma molécula e, quando este elemento se encontra com a plateia, rola uma explosão.”

Nesta “viagem insólita”, como diz Flausino, o pano de fundo é um telão enorme, em formato côncavo. Existe uma passarela na área frontal do palco e há um momento em que os cinco integrantes vão para a parte frontal, em formato de pentágono. O show reúne 25 hits da banda e algumas canções recentes, como “A voz do coração”, “Imprevisível” e “Te ver superar”.

Tais músicas foram pensadas para o novo álbum da banda, que estava previsto para 2020. O trabalho também foi empurrado para a frente por causa da pandemia e sairá em 2023.
 
Muita coisa já foi gravada, mas a banda vai voltar para o estúdio para trabalhar mais, já que o momento agora é outro. Isso ficará reservado para janeiro e fevereiro – a primeira fase da turnê atual vai até o início de dezembro. E no próximo ano, o Jota retorna com este show, mas já acrescentando o repertório do novo álbum.

“Você realmente tem que estar presente. A gente faz música para tocar no rádio. Vamos nas produções de televisão, fazemos Spotify, redes sociais. Se você não se dispõe a fazer, já era. Se construímos um público, queremos seguir com ele até o fim, mas também ter gente nova, então continuamos nos comunicando com a molecada. Agora, o que posso dizer é que fórmula não existe”, afirma Flausino.

JOTA25 

Show neste sábado (8/10), a partir das 22h, no Expominas, Avenida Amazonas, 6.200, Gameleira. Ingressos: de R$ 80 a R$ 420. Informações e vendas: https://ingressos.meep.com.br/jota25


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