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Estado de Minas LITERATURA

Colecionador tem 379 edições de 'Cem anos de solidão'

Cuidadosamente organizados, centenas de livros se alinham nas prateleiras de sua biblioteca particular


30/10/2022 04:00 - atualizado 29/10/2022 20:19

Jorge Salazar
Embora não tenha um certificado, Salazar acredita ter a maior coleção de "Cem anos de solidão" existente (foto: AFP)


Ele tem exemplares em tâmil, armênio, azeri e outras 45 línguas da obra-prima do Prêmio Nobel de Literatura colombiano. Jorge Iván Salazar coleciona, há 16 anos, edições de "Cem anos de solidão", o famoso romance de Gabriel García Márquez.
   
Cuidadosamente organizados, centenas de livros se alinham nas prateleiras de sua biblioteca particular na cidade de Armênia (centro-oeste colombiano), em homenagem ao maior representante do realismo mágico. No total, são 379 edições, incluindo a primeira de 1967, sua favorita. 

"É a minha preferida, porque eu a consegui no México com um livreiro. Foram feitas apenas 8 mil cópias desta edição", conta este colecionador de 59 anos. 
 

Em sua casa coberta de livros, Salazar mostra as capas dos exemplares mais preciosos, alguns ilustrados com pinturas de famosos artistas europeus. Ele se descreve como engenheiro civil, construtor, colecionador "apaixonado" e admirador de García Márquez, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura  em 1982. 
 
A coleção começou quando ele tinha 43 anos e, desde lá, aproveitou cada viagem para ampliar sua biblioteca dedicada à história da família Buendía e a Macondo, cidade fictícia em que viviam.
 

Embora não tenha um certificado, Salazar acredita ter a maior coleção de "Cem anos de solidão" existente. Há seis meses, escreveu para os responsáveis do livro Guinness dos Recordes para ser avaliado. A resposta foi que não há um recorde semelhante para ser comparado.

Em um catálogo, ele indexa cada exemplar com os dados mais relevantes e a imagem de sua capa. Cada um deles tem sua própria história, e Salazar não hesita em bagunçá-los diante das câmeras para compartilhá-los. 

Em seguida, mostra joias de sua coleção, como um exemplar escrito em russo, que não tem os trechos eróticos da história, censurados pelo governo a pedido da Igreja Ortodoxa. 

O romancista colombiano  morreu na Cidade do México, em 2014.


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