Jornal Estado de Minas

MÚSICA

Toquinho volta a BH, neste domingo (20/10), e faz show com a Orquestra Opus


A Orquestra Opus homenageia o cantor e compositor Toquinho, “um dos grandes de nosso tempo”, como define o maestro Leonardo Cunha, que vai conduzir o concerto deste domingo (20/11) à noite, no Palácio das Artes.

Com participação de Derico Sciotti, saxofonista que ficou famoso no programa de Jô Soares, e da cantora Camilla Faustino, que acompanha Toquinho, o espetáculo apresenta repertório com arranjos diferenciados, adaptados de outras experiências orquestrais envolvendo a obra de Toquinho, de 76 anos.




 
Não vão faltar “Tarde em Itapoã”, “Tonga da mironga do kabuletê”, “Regra três”, “A casa” e “Aquarela”, parcerias dele com Vinicius de Moraes; “Samba de Orly”, composta com Chico Buarque; “Que maravilha”, parceria com Jorge Ben Jor; e as clássicas “Eu sei que vou te amar” e  “Chega de saudade”, de Vinicius e Tom Jobim.

O maestro Leonardo Cunha não “entrega o ouro” totalmente, quer evitar spoilers sobre esta noite. Adianta que o repertório remete a memórias de infância e a temas de novelas criados por Toquinho.

Cunha conta que o público tem se interessado pelo projeto da Opus ao lado de estrelas da música brasileira. Depois do fim do isolamento social imposto pela pandemia, as pessoas vêm prestigiando fortemente concertos presenciais, afirma.





Milton Nascimento, Ana Carolina, Fafá de Belém, Guilherme Arantes, Leo Jame, Flávio Venturini, Sá & Guarabyra, Maria Gadú, Dado Villa-Lobos, Sandra de Sá e Nando Reis foram alguns convidados da Opus.

“As pessoas querem muito valorizar e ver artistas como eles. Pensam: poxa, o cara tava lá junto com Vinicius, Tom Jobim e tantos outros. As pessoas estão com vontade de se encontrar com Toquinho. Então, realmente é um encontro que a gente não pode deixar de ter”, comenta Cunha.
 
Maestro Leonardo Cunha diz que o público está sedento por eventos artísticos presenciais (foto: Naiara Napoli/divulgação)
 

Outro objetivo da Opus é apresentar o legado de Toquinho às novas gerações. Legado, aliás, muito significativo, que já caminha para seis décadas.




 
Exímio violonista, o paulistano Antonio Pecci Filho gravou o primeiro disco em 1966, acompanhou Chico Buarque em seu exílio na Europa, no período 1969/1970, e foi o companheiro de palco de Vinicius de Moraes (1913-1980) por cerca de 10 anos.

Toquinho, aliás, foi o último parceiro do “Poetinha”, com quem gravou discos memoráveis – entre eles, clássicos destinados ao público infantil: “Arca de Noé” volumes 1 e 2.

Gianfrancesco Guarnieri, Paulo Vanzolini, Geraldo Vandré, Paulinho Nogueira, Carlinhos Vergueiro, Belchior, Paulinho da Viola, Francis Hime, Cacaso e Paulo Cesar Pinheiro também foram parceiros dele.

ORQUESTRA OPUS CONVIDA TOQUINHO

Neste domingo (20/11), às 19h, no Grande Teatro do Palácio das Artes. Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro. Inteira: R$ 150 (plateia 1), R$ 120 (plateia 2) e R$ 90 (plateia superior), com meia-entrada na forma da lei. Vendas on-line no site Eventim.
 
* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria