Em sua última passagem pelo Grande Teatro do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, em 29 de maio, na turnê “O futuro pertence à... Jovem Guarda”, Erasmo Carlos – que morreu nesta terça-feira (22/11), aos 81 anos –, enfatizava as preocupações quanto às escolhas políticas feitas pelo povo brasileiro.
Na ocasião, ele ressaltava que os jovens “pagavam” pelos erros de gerações anteriores.
Ele destacou que as gerações anteriores “não estavam cuidando das novas gerações”. “Não estamos garantindo saúde e educação à altura do que elas merecem para fazer do mundo um lugar melhor. O mundo anda completamente desajustado, e a culpa é nossa, pelas más escolhas na hora de votar e por deixar o ódio atingir o patamar que está atingindo”, disse, sem apontar nomes para os problemas vividos pelo país naquele momento.
COVID
Erasmo também criticou os políticos durante o período pandêmico da COVID-19. Indignação que aumentou quando ele próprio contraiu o vírus, em agosto de 2021.
“Não consigo admitir que, em uma época de pandemia, uma nação tenha de vender vacina para a outra. Era a hora de estarmos todos unidos, em prol do bem comum que poderia ter evitado tantas mortes. (...) Pensei que jamais conseguiria voltar. Fiquei muito mal. Pensava que nunca mais pisaria no palco de novo. Pensava que o artista tinha acabado ali”, declarou.