“Quem for ao show do RPM vai se surpreender com a apresentação muito bem-feita”, afirma o guitarrista Fernando Deluqui, que divide os vocais do grupo com o baixista Dioy Pallone, o tecladista Luiz Schiavon e o baterista Kiko Zara.
Deluqui garante que a banda nunca tocou tão bem como agora, após enfrentar a interrupção dos shows imposta pela pandemia. RPM ganhou “energia a mais”, diz, contando que o repertório foi revitalizado, com a retirada de algumas canções e a inclusão de outras.
"RPM não faz rock'n'roll sem cuidado, sem pensar na continuidade do que a banda já foi. Quem conhece, tem os discos e DVDs sabe que a gente não é uma banda desleixada, tecnicamente falando. Estamos dando continuidade a isso”, comenta. Nesta sexta-feira (25/11), o grupo se apresenta no Underground Black Pub, na capital mineira.
Fernando promete canções do Ultraje a Rigor e de Lobão, além do repertório autoral. Lamenta a morte de Erasmo Carlos, mas não garante homenagem ao cantor e compositor, dizendo que se deve evitar o risco de apresentar algo que não esteja à altura do Tremendão.
Experiência e novidade
Com quatro décadas de estrada, RPM se revigora com a mistura de experiência e novidade vinda de gerações diferentes que tanto integram a banda quanto formam o público, afirma Deluque. Um astral a mais, diz, vem do clima de fim de ano em meio à Copa do Mundo.
O repertório de amanhã terá os hits “Louras geladas”, “Olhar 43”, “Cruz e espada” e a versão de “London London”, de Caetano Veloso, além de “Juvenília” e “Sob a luz do Sol”, faixas do primeiro álbum do grupo.
“A gente não deixa de apresentar nada que o fã queira eventualmente ouvir”, afirma Deluqui. Lançando singles desde 2018, a banda aposta nas canções mais recentes que estarão presentes no próximo álbum, previsto para 2023.
“Esta é uma parte que nos agrada bastante. As novas músicas têm empatia à primeira audição e, embora as pessoas não as conheçam, a reação é muito forte. Em alguns casos, até maior do que aquelas mais conhecidas”, diz o vocalista.
"As novas músicas têm empatia à primeira audição e, embora as pessoas não as conheçam, a reação é muito forte"
Fernando Deluqui, cantor e guitarrista
Deluqui observa que as novas canções falam do momento atual, do período pandêmico e pós-pandemia, procurando despertar o sentimento de união e reencontro.
“Isso tem uma força enorme. 'Sem parar', por exemplo, apareceu durante a pandemia e fez muita gente atravessar aquele período com mais bom-humor e leveza”, finaliza.
RPM
Show nesta sexta-feira (25/11), no Underground Black Pub, na Avenida Itaú, 540, Dom Cabral. R$ 60 (inteira) e R$ 300 (camarote). Abertura da casa às 19h. Vendas on-line na plataforma Sympla.
* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria