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Estado de Minas Cultura

Luiza Romão leva Jabuti de livro do ano em prêmio dominado por mulheres

Poeta paulista venceu pelo livro "Também guardamos pedras aqui". Segundo volume de "Escravidão", de Laurentino Gomes, desbancou biografia de Lula


24/11/2022 23:22 - atualizado 25/11/2022 11:24

Vencedora do Jabuti de 2022, poeta Luiza Romão, de óculos e blusa preta
Luiza Romão venceu o Jabuti com livro "Também guardamos pedras aqui" (foto: Cia. das Letras/Divulgação)

A obra de poesia "Também Guardamos Pedras Aqui", de Luiza Romão, levou o prêmio de melhor livro do ano na 64ª edição do prêmio Jabuti, o mais importante troféu anual da literatura brasileira, que divulgou seus vencedores na noite desta quinta-feira (24).

 

O título da autora paulista, nascida em 1992, também saiu da premiação com a honraria de melhor obra poética. Ela não compareceu à cerimônia.

 

Já o livro "Escravidão - Volume 2", de Laurentino Gomes foi o vencedor na categoria de melhor biografia e reportagem. A obra, que desbancou "Lula: Biografia - Volume 1", de Fernando Morais, repetiu o feito que o seu primeiro tomo havia conquistado na mesma premiação, em 2020.

 

O primeiro livro a ser premiado foi "A vestida: contos", escrito por Eliana Alves Cruz, consagrado vencedor da categoria contos.

 

Duas mineiras, ambas belo-horizontinas, também saíram premiadas. Ana Elisa Ribeiro levou o Jabuti na catgoria de livro juvenil por "Romieta e Julieu" e Anna Cunha de ilustração por "Origem".

    

Após mais de 20 minutos de atraso, a premiação começou com uma apresentação feita pela jornalista Adriana Couto. Em seguida, Vitor Tavares, presidente da Câmara Brasileira do Livro, falou sobre a importância das livrarias físicas. Outras pessoas subiram ao palco para discursar, deixando parte da plateia desconfortável com a demora.

 

Foi ao som de aplausos e gritos de alívio que os troféus começaram a ser distribuídos às 21h10. A segunda estatueta foi dada para "A lua na caixa d’água", de Marcelo Moutinho, na categoria crônica. O premiado da categoria de histórias em quadrinho foi Marcelo Quintanilha, com "Escuta, formosa Márcia".

 

A filósofa preta Sueli Carneiro é a personalidade homenageada desta edição. Ela escreveu livros como "Mulher Negra", lançado em 1985, e "Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil", de 2011. "Sueli Carneiro é a justa tradução de autoras e autores que pararam de simplificar o Brasil", afirmou em discurso Marcos Marcionilo, o curador do prêmio.

 

O livro "Sonhozzz", de Daniel Kondo e Silvana Tavano, venceu como melhor livro infantil.

 

O livro consagrado como romance de entretenimento foi "Olhos de Pixel", de Lucas Moto, publicado pela editora Plutão.

 

Logo após, a estatueta de romance literário, uma das mais aguardadas da noite, foi dada a "O som do rugido da onça", de Micheliny Verunschk, lançado pela Companhia das Letras. Só mulheres concorriam nesta categoria.

 

O Jabuti voltou a ocorrer presencialmente no Theatro Municipal de São Paulo depois de duas edições realizadas virtualmente por causa da pandemia de Covid-19. A premiação ocorre em paralelo com a Flip, festa literária sediada em Paraty, no Rio de Janeiro, até domingo, dia 27. A homenageada de lá é Maria Firmina dos Reis, outra mulher negra, e a primeira a publicar um romance no Brasil.

 

PRINCIPAIS VENCEDORES DO PRÊMIO

 

Livro do ano

'Também Guardamos Pedras Aqui', de Luiza Romão

 

Biografia ou reportagem

'Escravidão - Volume 2', de Laurentino Gomes

 

Romance literário

'O Som do Rugido da Onça', de Micheliny Verunschk

 

Contos

'Vestida: Contos', de Eliana Alves Cruz

 

Crônicas

'A Lua na Caixa D'Água', de Marcelo Moutinho

 


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