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"Me conte mentiras" faz a autópsia de um relacionamento tóxico

Série com idas e vindas no tempo foca o tumultuado namoro de um jovem casal de universitários em Nova York; produção está disponível no Star+


25/11/2022 04:00 - atualizado 24/11/2022 19:37

Os atores Grace Van Patten e Jackson White abraços e prestes a se beijar na cama em cena de me conte mentiras
A série alterna as perspectivas das duas pontas do casal sobre sua relação (foto: STAR/DIVULGAÇÃO)

Um relacionamento tóxico, para usar uma expressão do agora, é o que acontece entre Lucy (Grace Van Patten, de “Nove desconhecidos”) e Stephen (Jackson White) na série “Me conte mentiras”. Lançada recentemente pelo Star+, a produção é uma adaptação do romance homônimo de Carola Lovering, inédito no Brasil.

Mas em 2007, 10 anos antes do movimento #MeToo, não se falava tão abertamente deste tipo de relação. E é neste cenário que se passa a maior parte da trama da série. No campus da universidade Baird (ficcional), localizada no estado de Nova York, a caloura conhece o aluno do terceiro ano. A atração é imediata – e logo os dois chegarão às vias de fato, numa sucessão de encontros casuais (para ele) e com uma promessa de relacionamento nunca cumprido (na visão dela).

A história percorre oito anos na vida da dupla e de seus amigos mais próximos. As mentiras que dão título à produção vão aparecendo aos poucos.



Viagem

A série começa com um prólogo. O ano é 2015, e Lucy está se preparando para uma viagem. Bastante reticente, logo dispensa o namorado atual de ir à festa. Não há necessidade de ele ir ao noivado de Bree (Catherine Missal), uma de suas melhores amigas. Chega ao local receosa e sua tensão só aumenta com a chegada de Pippa (Sonia Mena), outra do mesmo grupo.    

Os próprios amigos duvidam da capacidade de Lucy evitar cair na lábia de Stephen, passados tantos anos – e o reencontro de ambos, com um só olhar no gramado da festa, deixa claro que eles deverão voltar aos antigos padrões. 

Mas esta resposta não virá tão rápido. A partir deste início, a narrativa retorna para 2007, quando os dois se encontram. Parece, e somente parece, um drama juvenil com muito sexo em camas de solteiro no dormitório e grandes baladas. Mas logo aparece uma morte – a colega de quarto de Lucy sucumbe a um acidente de automóvel na primeira semana de aulas. 

Esta história vai envolver vários personagens, mas somente a partir da metade da trama. No meio tempo, acompanhamos o casal de protagonistas. De cara, Stephen é apresentado como um jovem predador, que leva Lucy em banho maria (ainda que as cenas de sexo sejam quentes), já que não consegue (e parece não querer) se desvencilhar de um antigo relacionamento.

À medida que a história se desenrola, novas nuances do personagem mostram que ele tem um lado genuíno e doce – e esta dúvida vai perseguir o espectador (o que é um bom sinal, claro).

Lucy também vai na mesma toada. Aparentemente, é uma estudante como outra qualquer. Não quer ser mais do que ninguém, e faz somente o necessário. É fria nas amizades e no relacionamento familiar – a relação com Stephen é que lhe desperta tanto a sexualidade quanto também a vontade de ir além. 

Esta ambivalência vai percorrer toda a trama de “Me conte mentiras”. O título refere-se tanto aos protagonistas quanto aos coadjuvantes que os circundam – todos têm algo a esconder. Às vezes são mentiras sem importância, em outros casos, são inverdades que terão consequências. Fato é que ninguém sai ileso do período na universidade. 

“ME CONTE MENTIRAS”
• A série, em 10  episódios, está disponível no Star


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